Jornal Estado de Minas

Julgamento de ex-PMs acusados de mortes no Aglomerado da Serra entra no segundo dia

Sessão começou com depoimento de tenente-coronel. Advogados querem provar que os clientes agiram em legítima defesa

Cristiane Silva
Jason é defendido por Ércio Quaresma Firpe e Jonas tem como advogado Agnaldo José de Aquino Gomes - Foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press e Renato Weil/EM/D.A Press


Começou às 8h45 desta quarta-feira o segundo dia de julgamento dos ex-policiais militares Jason Ferreira Paschoalino e Jonas David Rosa, acusados de matar Renilson Veriano da Silva, de 39 anos, e seu sobrinho Jéferson Coelho da Silva, de 17, no Aglomerado da Serra, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, em fevereiro de 2011.

Com quinze minutos de atraso, a sessão foi a aberta com o depoimento do tenente-coronel Eduardo Domingues Barbosa, que presidiu o procedimento administrativo da polícia contra os militares. Ele é uma testemunha de defesa. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o militar afirma não acreditar que os militares fossem corruptos, pois integravam uma guarnição nova.

A sessão de terça-feira durou mais de 12 horas. Nesse período, três testemunhas de acusação e duas de defesa foram ouvidas. A previsão inicial era de que 19 pessoas fossem ouvidas na condição de testemunhas.

Jason é defendido por Ércio Quaresma Firpe e Jonas tem como advogado Agnaldo José de Aquino Gomes. Durante os depoimentos de três testemunhas da acusação, o promotor Francisco Rogério Campos reforçou as acusações de que os policiais executaram Renilson e Jéferson, sem que ocorresse uma troca de tiros, como os acusados chegaram afirmar.


Já o advogado Ércio Quaresma, em sua linha de que seu cliente agiu em legítima defesa, durante uma operação policial, buscou desqualificar as testemunhas. A uma delas perguntou sobre uma possível intimidade com envolvidos em crimes. À noite, testemunhas de defesa começaram a ser ouvidas. (Com informações de Landercy Hemerson).