O julgamento começou às 8h45, com o depoimento do major Barbosa, presidente da comissão do processo administrativo militar da PM, responsável pelo procedimento investigativo aberto para apurar as mortes. O militar afirmou que, após ouvir 28 testemunhas, não conseguiu levantar provas suficientes para incriminar os réus. Por isso, defendeu a permanência deles na corporação.
Um ponto polêmico durante o depoimento tratava das fardas encontradas no local do crime e também na casa de Jason.
Segundo ele, a costureira que reconheceu a farda achada no dia do crime foi ouvida. Porém, não foi o major que a interrogou. Barbosa não soube dizer se as medidas da roupa eram compatíveis com a numeração de Jason.
Depois do major, falou o tenente Santana, que esteve na cena do crime no dia das mortes. De acordo com o militar, a viatura não estava designada para seguir até o Aglomerado da Serra. Porém, o oficial tem a autonomia e pode dar autorização para isso.
Quando estava no local do crime, disse que se preocupou em socorrer os feridos. Além de tio e sobrinho, Jonas Rosa também alegou que estava ferido. O soldado apresentava uma vermelhidão no peito, conforme a testemunha, e chegou a ficar em observação no hospital. Também informou que nunca soube de alguém que se dispusesse a receber um tiro, mesmo com colete, para forjar um ataque. Segundo ele, os policiais teriam sido recebidos a tiros por um “bonde” (grupo de pessoas).
O tenente também contou que chegou a abordar Renilson Veriano e Jéferson Coelho, vítimas no caso, por mais de uma vez em locais suspeitos. Em todas as ocasiões, nada ilícito foi encontrado com eles. Conforme a testemunha, tio e sobrinho tinham amizades com traficantes e havia informações que eles se valiam do parentesco com militar para traficar.
O último a prestar depoimento foi um sargento que trabalhou com os acusados. .