Os moradores das ocupações Isidoro, Vitória, Esperança e Rosa Leão, devem deixar a Avenida Afonso Pena, no Centro de Belo Horizonte, onde estão acampados há mais de 24 horas, ainda na tarde desta sexta-feira. Foi o que garantiu Rafael Bittecourt, um dos membros da Brigada Populares, que participou de reunião com representantes do governo estadual e prefeitura de BH na Cidade Administrativa. Segundo ele, um acordo foi firmado e não haverá despejo das famílias. Também foi garantido o prosseguimento das negociações.
A reunião entre os manifestantes e membros dos governos estadual e federal e da prefeitura de BH terminou no início da tarde. “Ficou acordado que não vai haver despejo e que vamos continuar as negociações. Em relação ao Isidoro, vão ser feitos novos cadastramentos de famílias que ficaram de fora da lista dos contemplados com casas populares que serão construídas no terreno”, explica Bittencourt. Em novembro do ano passado, o prefeito de Belo Horizote, Marcio Lacerda, apresentou ao Ministério das Cidades projeto para a construção de cerca de 14 mil casas populares na região do Isidoro, no Vetor Norte da capital mineira.
Em relação à ocupação Wiliam Rosa, um novo encontro foi marcado para semana que vem. “Vamos ter uma reunião na próxima sexta-feira com o governo federal, prefeitura de Contagem, e o Ceasa, que é autora da ação de despejo”, comenta Rafael.
Com o resultado da reunião, considerado positivo pelas famílias, o grupo pretende encerrar a manifestação. “ Vamos sair agora à tarde. O acampamento deve se encerrar entre 17h e 18h. Enquanto isso, o pessoal está comemorando o resultado”, afirma Bittencourt.
O acampamento ocupa duas pistas da Avenida Afonso Pena em frente à Prefeitura de Belo Horizonte desde a manhã de quinta-feira. Por causa disso, o trânsito ficou lento na região no sentido Centro / Mangabeiras. No início da tarde desta sexta-feira, as famílias chegaram a fechar totalmente o trânsito nesta direção. Policiais dos batalhões de Evento e Trânsito da PM foram ao local e liberaram a via.
Conforme a Seds, um novo cadastro de todas as famílias que se encontram nas ocupações será realizado, em um prazo de 20 dias. No mesmo prazo, será feito uma vistoria no local para delimitar a área da reintegração. Também foi firmado um compromisso com os moradores atuais de que a população que reside no local não será aumentada.
Após a realização dos cadastros será marcado um novo encontro, com os mesmos participantes, para novas definições.