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Estado de Minas

Número de vítimas no Anel Rodoviário aumenta a cada ano

Esse incremento vem desde 2011, quando 797 batidas tiveram vítimas que necessitaram de atendimento médico


postado em 23/03/2014 00:12 / atualizado em 23/03/2014 07:27

Guilherme Paranaiba

Se por um lado o número de acidentes no Anel Rodoviário diminuiu em 2013, em comparação com 2012, por outro aumentaram as ocorrências com vítimas, somando mortos e feridos. Esse incremento vem desde 2011, quando 797 batidas tiveram vítimas que necessitaram de atendimento médico. Em 2012, esse número passou para 861 e no ano passado fechou em 870. Especialistas acreditam que o aumento pode ser atribuído à alta velocidade dos veículos, especialmente nos horários fora do pico, além da circulação cada vez maior de motociclistas, que estão mais expostos a ferimentos quando se envolvem em acidentes.

A Polícia Militar Rodoviária (PMRv) atribui o problema à falta de atenção de pedestres, vítimas frequentes de atropelamentos, e também à imprudência dos motociclistas. Em 2012, 31 pessoas morreram nas 861 ocorrências em que houve o registro de vítimas. Ano passado, o número subiu para 35, puxado pelos atropelamentos e pelos acidentes com motociclistas, conforme o Estado de Minas mostrou em janeiro.

O tenente Geraldo Donizete, chefe do policiamento no Anel, diz que a falta de atenção dos pedestres que insistem em atravessar fora das passarelas é o maior desafio enfrentado pela PMRv na rodovia. “Os pedestres e os motociclistas são mais vulneráveis, razão pela qual ocorreu o ligeiro aumento”, afirma. Ainda segundo Donizete, por outro lado a polícia conseguiu reduzir as ocorrências na descida do Bairro Betânia, local marcado por tragédias. “Conseguimos zerar as mortes naquele trecho, que sempre se destaca nas estatísticas pelo número de vítimas”, completa.

O caminhoneiro Cleber Madureira, de 28 anos, passa constantemente pelo Anel Rodoviário e atribui o aumento do número de acidentes com vítimas à combinação de imprudência e falta de estrutura. “É muita correria e muita gente que bebe e dirige nesse Anel Rodoviário. Quando bate, a chance de alguém se machucar é maior, ainda mais que não tem para onde sair”, diz ele. O coordenador do Departamento de Transportes da Fumec, Márcio Aguiar, acredita que o aumento da velocidade fora do horário de pico é a principal causa do crescimento dos acidentes com vítimas. “Quanto maior é a velocidade, maior é a severidade dos acidentes e, consequentemente, maior a chance de as pessoas se machucarem”, afirma o professor. Outra razão apontada por Aguiar é a presença de motoqueiros em larga escala no Anel Rodoviário. “Normalmente as condutas dos motociclistas são mais imprudentes. Quando se acidentam é grande a chance de termos mortos ou feridos”, completa o especialista.


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