Micaele criou uma página no Facebook no mesmo dia em que Gabriela foi morta, convocando a população a participar da manifestação. De acordo com a estudante, na manhã deste domingo, cerca de 100 pessoas já haviam confirmado a presença. Micaele informou ainda que esse número poderá ser maior em função das chamadas que estão sendo feitas por duas emissoras de rádio local.
“Fiquei revoltada com a forma como ela (Gabriela) foi assassinada, do nada, vítima de uma violência gratuita. Era para termos ido às ruas ontem (sábado), mas não tinha avisado à Polícia Militar, pedindo autorização, porque queremos uma manifestação pacífica”, afirmou. Segundo Micaela, no local da concentração, na Praça da Matriz, Centro de Itaúna, serão distribuídos balões brancos.
“Eu não conhecia Gabriela, mas também já fui vítima de assalto a mão armada”, conta a estudante.
Investigação
Na manhã deste domingo, o delegado Weslley Amaral de Castro disse que ainda não pode dar detalhes sobre as investigações do crime, para não atrapalhar o trabalho de buscas. Nesse sábado, ele afirmou que a Polícia Civil já tem pistas que devem levr à identificação dos criminosos.
Segundo o delegado, Há suspeita que os bandidos que assaltaram o supermercado praticaram outros roubos em pequenos mercados na cidade e estão sendo monitorados há algum tempo pela polícia. “Acredito que até terça-feira, no máximo quarta-feira, já poderei informar os nomes dos autores do crime”, disse o delegado, neste domingo.
Entenda o caso
Gabriela da Cunha Oliveira, 16 anos, foi morta durante assalto a um supermercado, no Bairro Padre Eustáquio, localizado na periferia de Itaúna. O crime aconteceu por volta das 18 horas. As imagens do circuito de segurança do supermercado mostram os homens chegando de capacete e recolhendo o dinheiro. Um deles, de camisa clara, dispara antes de sair do comércio. De acordo com a Polícia Militar, o tiro foi acidental e atingiu o abdômen da funcionária. O mesmo disparo pode ter atingido também o comparsa do atirador, vestido com roupa preta.
O delegado Weslley Amaral não considera tiro acidental. “Houve uma ausência de prática de manejo da arma, foi mais uma negligência. O rapaz já entra com o cão – parte superior do revólver – puxado e dedo no gatilho. Quando ele vai pegar dinheiro em cima da mesa, tem que torcer o punho e fazer um movimento circular.
Veja o vídeo do assalto
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