Os dois homens que foram presos por assassinar a funcionária de um supermercado Gabriela da Cunha Oliveira, de 16 anos, durante um assalto em em Itaúna, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, confessaram o crime, mas disseram que o trio foi acidental. Michael Jordan Alves Moura, de 18 anos, e Danilo Menezes de Almeida, de 30, foram encontrados na tarde desta segunda-feira, e não tinham passagens anteriores pela polícia. A população ainda se concentra na porta da delegacia para tentar linchar a dupla.
A ação para encontrar os criminosos começaram logo depois do assassinato, na noite de sexta-feira. A polícia recebeu várias informações sobre os suspeitos e começaram a fechar o cerco já no dia seguinte. “Como o crime chocou a população, a conversa começou a correr. Recebemos várias informações e conseguimos identificar os dois criminosos”, explica o delegado Alexandre Andrade de Castro, chefe do 7º Departamento de Polícia Civil.
Com o cerco fechado, um dos criminosos se apresentou à polícia junto com um advogado e em seguida indicou onde estaria o comparsa, que foi preso no Bairro Morada Nova. Os dois homens eram vizinhos. A moto e os capacetes usados no crime foram apreendidos. A arma segue desaparecida. “Eles contaram que passaram o revólver para uma terceira pessoa. Já estamos atrás dela”, comenta o delegado.
No dia do crime, Gabriel trabalhava no caixa o supermercado, onde estava há três meses, quando foi surpreendida pelos homens. As imagens do circuito de segurança mostram quando Michael Jordan, de camisa branca, se aproxima do balcão pelo lado esquerdo segurando um revólver. Enquanto isso, Danilo Menezes chega pelo outro lado. Os dois recolhem o dinheiro e a operadora não reage a ação.
Ao tentar pegar algumas células, Michael Jordan acabou apertando o gatilho e acertou a garota. A bala entrou pela axila da vítima e se alojou no pulmão. A dupla fugiu em sequência. Em depoimento, o jovem afirmou que o tiro foi acidental. “Ele contou que chegou com a arma engatilhada e o dedo no gatilho. Durante a ação, acabou atirando”, comenta o delegado.
O inquérito será finalizado nos próximos dias. Para Castro, os dois têm que ser indiciados por latrocínio – roubo seguido de morte. “Mesmo sendo acidental, ele sabia do risco, pois estava com a arma apontada para a vítima. Mas vai depender da conclusão da investigação”, comentou.
Os criminosos serão levados para a cadeia pública de Pará de Minas.
População revoltada
Logo que a notícia da prisão dos criminosos se espalhou pela cidade, milhares de pessoas foram para a porta da delegacia para tentar linchá-los. A Polícia Militar teve de ser chamada para contar os moradores. Ninguém ficou ferido.
Assista abaixo o vídeo das câmeras de segurança que flagraram o crime