Os nove servidores que estavam de plantão no momento do roubo das armas no Centro Integrado de Escoltas de Ribeirão das Neves, na Grande BH, foram submetidos a exames toxicológicos no Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte. “O principal objetivo é saber se todos foram contaminados por alguma substância específica ou se alguém pode ter fingido sonolência”, diz um policial que participa das investigações. De acordo com o corregedor-adjunto da Secretaria de Estado de Defesa Social, Alexandre Martins, todos os agentes passarão por processo administrativo paralelamente à investigação da Polícia Civil. O afastamento de 30 dias pode ser prorrogado por igual período. Ao chegar para depor, ontem, um dos servidores se declarou inocente, assim como os colegas, e disse apenas que “os verdadeiros culpados estão longe”. Os depoimentos se estenderam até as 21h de ontem.
Estavam de plantão um agente que coordena o grupo, um intendente, responsável direto pela sala de armas e distribuição do armamento, além de sete agentes da escolta. Esse grupo age quando há necessidade de levar detentos a uma consulta médica ou audiência nos tribunais e também em casos de transferência de presos.
O Centro Integrado de Escoltas de Neves existe desde maio do ano passado e atende a todas as demandas dos seis presídios da cidade. Minas Gerais conta com apenas duas unidades desse tipo. A outra fica em Juiz de Fora, na Zona da Mata. “A gente entende que não é um local com 100% de segurança, mas o imóvel fica bem perto do presídio Dutra Ladeira e acreditamos que os nove servidores eram suficientes para evitar um confronto. Do jeito que aconteceu, mesmo se tivéssemos 50 agentes as armas seriam roubadas. Estamos procurando um local mais seguro”, disse ontem o subsecretário de Administração Prisional, Murilo Andrade.