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Estado de Minas

Marido suspeito de assassinar vereadora de Argirita deixa a prisão

De acordo com o advogado do suspeito, Dalmo Pires Bastos Junior, o prazo da prisão temporária venceu e o juiz não acatou o pedido para transformá-la em preventiva


postado em 25/03/2014 14:46

Vereadora foi assassinada com um tiro na cabeça dentro do Procon de Argirita(foto: Reprodução/Facebook)
Vereadora foi assassinada com um tiro na cabeça dentro do Procon de Argirita (foto: Reprodução/Facebook)
Já está nas ruas o suspeito de assassinar a tiros a vereadora Daniela Maria Carmo Paula dentro do banheiro do Procon em Argirita, na Região da Zona da Mata. Marcelo Evangelista Barbosa, que é ex-marido da vítima, deixou o Presídio de Leopoldina na madrugada desta terça-feira. De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), o homem foi liberado por causa de um alvará de soltura. Ele saiu da cadeia por volta da 0h.

O advogado Barbosa, Dalmo Pires Bastos Junior, explicou que o tempo da prisão temporária, de 30 dias, venceu. Por causa disso, a delegada Alice Batello, Departamento de Investigação de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DIHPP), pediu à Justiça a mudança para temporária. Porém, o juiz não acatou. “Ele fez isso porque não carece a prisão. Nós entendemos que não tem prova nenhuma contra ele. Desde o início acreditamos na inocência de meu cliente”, afirma o defensor.

O alvará de soltura foi concedido por um juiz da comarca de Leopoldina que não teve o nome divulgado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A decisão saiu em 17 de março, porém só foi cumprida nesta terça-feira, um dia depois do prazo de 30 dias da prisão ter expirado. Como o caso corre em segredo de Justiça, não há informações sobre os argumentos utilizados pelo magistrados.

O crime, que teria acontecido por uma possível relação extraconjugal, aconteceu em 17 de abril. De acordo com a Polícia Civil, na manhã do assassinato, Marcelo foi até o Procon, onde a vereadora trabalhava para conversar com ela. Para não chamar a atenção de colegas, a mulher levou o homem para um banheiro onde iniciaram uma discussão, que segundo testemunhas, eram constantes. Em alguns casos, o casal chegava até a se agredir.

Conforme o inquérito, o homem usou uma pistola 380, possivelmente com um silenciador acoplado, para assassinar Maria. Depois de 15 minutos no banheiro, ele saiu do local pedindo socorro. Testemunhas afirmaram que ele foi visto mexendo no celular da vítima, possivelmente para apagar mensagens trocadas por ela e um amante.

Após o crime, Marcelo foi para a casa da mãe dele onde tomou banho e lavou as roupas que usava no momento do assassinato. Pessoas ouvidas no inquérito disseram que ele era usuário de cocaína e ficava agressivo quando consumia drogas. O casal estava casado há dois anos, porém viviam um momento delicado na relação, tanto que o homem dormia em quarto separado, segundo a polícia. O suspeito estava inconformado com o processo de separação.

Marcelo foi preso em um cerco policial montado próximo a Juiz de Fora, na Zona da Mata em 23 de fevereiro. Ele foi encaminhado para o presídio de Leopoldina.

O em.com.br tentou contato com a delegada Alice Batello, responsável pelo caso, mas ela não foi encontrada.


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