A Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) abriu concorrência no valor de R$ 94,3 milhões para coleta de resíduos em Belo Horizonte. A licitação para um novo contrato do lixo foi publicada ontem no Diário Oficial do Município (DOM) e prevê, além do recolhimento domiciliar, a coleta seletiva e o transporte até o Aterro Sanitário de Macaúbas, em Sabará, na região metropolitana, e aos galpões de reciclagem. Uma das mudanças previstas é a exigência de um caminhão compactador menor, especial para a coleta em vilas e favelas, onde o serviço atualmente é feito com caminhões basculantes. As propostas serão escolhidas no próximo mês.
A diretora de planejamento e gestão da SLU, Mara Adelina Moura Mesquita, afirma que a substituição representará segurança maior para os garis. “Antes, o lixo era lançado no caminhão basculante, e agora teremos um modelo adaptado.” A licitação é para a prestação do serviço por um ano, prorrogável por mais um.. A vencedora será a empresa que oferecer o menor preço. Os interessados deverão apresentar as propostas até o dia 25 de abril. Apesar do contrato incluir a coleta seletiva, a diretora não adianta o planejamento para a área na capital, hoje restrita a 34 bairros.
“Ainda não temos uma estimativa para a ampliação até o final do ano, mas o planejamento prevê que, em 2016, 60 bairros sejam atendidos pela coleta seletiva”, diz.
Anteontem, o prefeito Marcio Lacerda anunciou a ampliação da coleta seletiva em BH, que recebeu o título de Capital Nacional da Hora do Planeta. Hoje, apenas 1% do lixo diário produzido vai para a reciclagem
MÉTODO
Diferentemente dos anos anteriores, em que eram abertos três editais, um para cada grupo de três regionais, este ano, a SLU optou por abrir a concorrência para a cidade inteira. Um único edital contempla os três lotes. O primeiro, formado pelas regionais Barreiro, Centro-Sul e Oeste, tem valor máximo de R$ 43,6 milhões.
O segundo, de R$ 23,7 mi-lhões, contempla as regionais Leste, Nordeste e Noroeste, e o terceiro lote, que reúne as regionais Norte, Pampulha e Venda Nova, tem valor de R$ 26,9 milhões. Com este novo modelo de licitação, a diretora da SLU espera facilitar a gestão dos contratos, além de um aumento da concorrência. “Antes, cada contrato vencia numa hora. Esperamos que mais empresas concorram.”