Jornal Estado de Minas

Estudantes fazem protesto no Centro de Belo Horizonte

Jovens se mobilizam contra possível aumento das passagens de ônibus na capital

Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri

  - Foto: Edesio Ferreira/EM DA Press

Estudantes fazem uma manifestação no Centro de Belo Horizonte, na manhã desta quinta-feira, contra o possível aumento das passagens de ônibus.

A BHTrans pode anunciar em breve o aumento da tarifa, decisão pautada em cumprimento de contrato com as concessionárias do transporte público.

- Foto: Edesio Ferreira/EM DA PressAlém do protesto contra o aumento, os alunos aproveitaram para pedir mais qualidade na educação e reivindicar uso de 10% do PIB brasileiro para investimento no ensino. A mobilização já estava programada e o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (PM) montou um esquema para controlar o tráfego na região.

Os estudantes, a maioria do Instituto de Educação, fecharam parte da Avenida Afonso Pena, na Praça Sete, nos dois sentidos. Militares orientaram motorista a fazer desvios na Amazonas com Tamoios, Afonso Pena com Espírito Santo e Afonso Pena com Rua Curitiba. Conforme a PM, o trânsito ficou lento em todo Hipercentro por causa do protesto.

Os manifestantes seguiram em passeata pela Amazonas, passando pela Rua Tupinambás, Rua da Bahia e voltando para Afonso Pena até a porta da prefeitura.
No fim da manhã, o grupo foi para o Parque Municipal onde se reuniu em assembleia para definir rumos da manifestação. Conforme a Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas de Belo Horizonte (AMES-BH), a princípio não haverá outro protesto nesta quinta-feira.

De acordo com a AMES-BH, os jovens farão uma reunião com as entidades estudantis, sindicais e populares, no dia 31 de março, para organizar uma pauta de reivindicações contra o aumento da tarifa na capital.

No último dia 23 de janeiro, a PBH publicou no Diário Oficial do Município um decreto do prefeito Marcio Lacerda que extingue a cobrança do Custo de Gerenciamento Operacional (GCO) no sistema de transporte coletivo, a ser iniciado em até 90 dias. O CGO cobre os custos administrativos e operacionais de fiscalização e regulação dos serviços de transporte coletivo.

Apesar de a decisão beneficiar as empresas de ônibus, o valor das tarifas não seria alterado em curto prazo. O aumento só seria confirmado após auditoria que faz a revisão do contrato de concessão do sistema viário. A auditoria já ocorreu, mas a BHTrans ainda não divulgou o desfecho. A empresa de trânsito informou nesta quinta-feira que não há previsão para o reajuste.

- Foto: Edesio Ferreira/EM DA Press

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