Por meio da assessoria de imprensa da corporação, o delegado Ricardo Reis Neto, titular da 5ª Delegacia Regional de Ouro Preto, na Região Central do estado, informou que as imagens disponibilizadas pela Guarda Municipal da cidade, o depoimento de testemunhas e o laudo da necropsia revelaram que o rapaz sofreu um mal súbito.
O caso aconteceu no dia 4 de março. De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar (PM), Gabriel foi agredido por quatro pessoas na Rua Conde de Bobadela – conhecida como Rua Direita. Policiais militares foram acionados por testemunhas e quando chegaram no local do tumulto o menor já estava desacordado. O adolescente foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e deu entrada, inconsciente no hospital. Na ocasião, testemunhas disseram à PM, ainda no local, que o menor se envolveu na confusão para defender a namorada.
Em nota, a polícia informou que o laudo da necropsia revelou que o corpo do rapaz não apresentava traumas externos de grande ou moderada gravidade que confirmassem que ele foi espancado. As lesões externas constatadas – fraturas em costelas, traumatismo craniano leve e cortes superficiais no queixo e no lábio – eram compatíveis com procedimentos de massagem cardíaca realizados no jovem e a queda sofrida por ele durante o desmaio. O delegado explicou, também, que as pessoas que teriam dito aos policiais militares que o Gabriel se envolveu em uma briga não foram discriminadas no BO, assim, não foram localizadas. As testemunhas ouvidas pela PC no inquérito confirmaram que ele não foi agredido.
Ainda segundo a Polícia Civil, familiares do rapaz negaram que ele tivesse alguma doença que justificasse o episódio. Uma das hipóteses consideradas pela investigação é de que a morte tenha sido causada por alguma doença preexistente – e desconhecida pela família -, ou ainda devido ao consumo de bebidas, associado ao uso de substâncias tóxicas. No entanto, a virtual presença de drogas o álcool no organismo do jovem não ficou comprovada na perícia, pois essas substâncias são eliminadas, segundo os legistas, no tempo máximo de 72 horas. Isso tornou a constatação tornou inviável, uma vez que Gabriel morreu seis dias depois da internação. Assim, a causa da morte do adolescente, que era morador da cidade de Ouro Preto, segue cercada de mistério. As investigações continuam.
O VÍDEO As imagens cedidas à polícia pela Guarda Municipal da cidade mostram um princípio de tumulto perto de onde o adolescente foi socorrido mas, a briga começou antes de Gabriel se aproximar do local. Em um determinado momento, o rapaz sai do foco da câmera.
Veja o vídeo divulgado pela Polícia Civil
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