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Estado de Minas

Instalação dos novos relógios em BH só vai começar no fim do ano

PBH inicia processo para instalação de 200 relógios nas ruas e desativação dos 350 existentes e inoperantes


postado em 28/03/2014 06:00 / atualizado em 28/03/2014 07:20

Equipamento desativado concorre com pichações na ofensa à beleza arquitetônica e natural da Praça da Liberdade (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Equipamento desativado concorre com pichações na ofensa à beleza arquitetônica e natural da Praça da Liberdade (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Se precisar de olhar as horas na rua, melhor recorrer ao bom e velho relógio de pulso ou ao celular. Sem funcionar por falta de contrato, relógios eletrônicos de Belo Horizonte começarão a ser substituídos no fim do ano e só estarão completamente instalados num período de três anos. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento abriu nessa quinta-feira consulta pública para que interessados em explorar o nicho deem sugestões sobre a licitação de criação, confecção, instalação e manutenção dos aparelhos eletrônicos digitais, com marcação de hora e temperatura. A proposta de edital prevê a instalação de 200 relógios, uma redução de 43% em relação aos atuais 350 equipamentos em BH.

 “Queremos diminuir a poluição visual e adotar um modelo que valorize mais a paisagem urbana”, afirma o secretário municipal de Desenvolvimento, Custódio de Mattos. O edital sugerido prevê o direito de explorar o espaço publicitário por 25 anos, com investimento mínimo de R$ 40 milhões por parte do empreendedor na instalação e manutenção dos relógios. A outorga a ser paga ao poder público pela concessão é de no mínimo R$ 500 mil na assinatura do contrato, além de R$ 50 mensais por aparelho, o que representa R$ 10 mil ao mês.

“Quanto mais dinheiro o concorrente oferecer, maior a pontuação. Além da proposta comercial, levaremos em conta a qualidade do projeto. Queremos um padrão elevado, pois estamos insatisfeitos com o atual modelo”, afirma. Para atrair mais investidores, a prefeitura optou por diluir a instalação dos equipamentos em três anos, sendo 80 no primeiro ano e 60 nos dois anos seguintes. “Foi uma maneira de encontrarmos um equilíbrio entre o investimento e a necessidade pública”, afirma Mattos.

Na previsão de Mattos, o vencedor será escolhido em, no máximo, seis meses, ou seja, setembro. Mas ainda vai demorar para a população voltar a consultar as horas e a temperatura nas ruas, já que o edital dá prazo de seis meses para a empresa começar a instalar os relógios.

A última licitação dos aparelhos ocorreu em 2003, há quase 10 anos, e concedeu à Cemusa do Brasil o direito de explorar publicidade em relógios digitais, com a condição de fornecer, instalar e manter os equipamentos. O contrato venceu em março de 2013 e, este mês, a empresa foi intimada a retirar os 350 aparelhos espalhados pela cidade num prazo de dois meses. Desde o início do ano, os relógios estão sem funcionar.

CONSULTA

A consulta pública fica aberta até 10 de abril e a licitação deverá ser publicada dois meses depois. “Abrimos a consulta para evitar problemas e disputas judiciais na licitação e permitir que os interessados façam comentários e sugestões”, explica o secretário. Há dois anos, a prefeitura abriu licitação para a concessão da exploração comercial dos aparelhos, mas o processo acabou parando na Justiça por contestações de um dos concorrentes. Na época, a previsão era para a instalação de 300 relógios digitais, que renderiam ao município, no mínimo, R$ 210 cada, num total de R$ 756 mil ao ano.


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