Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Militar (PM), guardas municipais que estavam na praça abordaram Heloísa e Bruno Alcântara Soares, de 38 anos, enquanto eles espalhavam cola e tinta sobre um monumento. Os ativistas desacataram os guardas e os agrediram, resistindo à prisão. Os guardas chegaram a usar o taser – arma que emite choque elétrico. Os ativistas foram detidos por desacato e depredação ao patrimônio público. A Polícia Militar foi acionada. Consta no BO que uma testemunha confirmou que eles estavam colando cartazes no local.
Ainda de acordo com a PM, o jovem identificado como Aluimar Brandão de Oliveira, de 21 anos, também foi detido após chutar um guarda municipal na tentativa de soltar Heloísa e Bruno.
No entanto, denúncias compartilhadas pela internet por meio das redes sociais relatam que Heloísa e Bruno estavam fotografando cartazes de protesto pelos 50 anos do Golpe de 1964 junto aos monumentos quando foram abordados pelos guardas municipais. A ativista, que é filha de Helena Greco, uma das primeiras vereadoras de BH e militante dos direitos humanos, afirma que a ação foi truculenta. Por telefone, ela informou que pretende encaminhar denúncia ao Ministério Público de Minas Gerais, à Assembleia Legislativa e à Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Amanhã, haverá um protesto da Frente Independente pela Memória e Justiça de Minas, organização da qual ela participa, convocou a população para ocupar o Elevado Castelo Branco em tributo aos mortos e desaparecidos do regime militar. Durante a manifestação, o elevado receberá uma faixa com o nome de Helena Greco.
Assista abaixo ao vídeo da abordagem da PM na reportagem da TV Alterosa
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