A representante do Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania, Heloísa Greco, de 62 anos, e outros dois ativistas, foram detidos na noite de domingo na Praça Duque de Caxias, no Bairro Santa Tereza, Região Leste de Belo Horizonte.
Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Militar (PM), guardas municipais que estavam na praça abordaram Heloísa e Bruno Alcântara Soares, de 38 anos, enquanto eles espalhavam cola e tinta sobre um monumento. Os ativistas desacataram os guardas e os agrediram, resistindo à prisão. Os guardas chegaram a usar o taser – arma que emite choque elétrico. Os ativistas foram detidos por desacato e depredação ao patrimônio público. A Polícia Militar foi acionada. Consta no BO que uma testemunha confirmou que eles estavam colando cartazes no local.
No entanto, denúncias compartilhadas pela internet por meio das redes sociais relatam que Heloísa e Bruno estavam fotografando cartazes de protesto pelos 50 anos do Golpe de 1964 junto aos monumentos quando foram abordados pelos guardas municipais. A ativista, que é filha de Helena Greco, uma das primeiras vereadoras de BH e militante dos direitos humanos, afirma que a ação foi truculenta. Por telefone, ela informou que pretende encaminhar denúncia ao Ministério Público de Minas Gerais, à Assembleia Legislativa e à Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Amanhã, haverá um protesto da Frente Independente pela Memória e Justiça de Minas, organização da qual ela participa, convocou a população para ocupar o Elevado Castelo Branco em tributo aos mortos e desaparecidos do regime militar. Durante a manifestação, o elevado receberá uma faixa com o nome de Helena Greco.