A mulher suspeitas de tatuar a perna do filho de 1 ano e 9 foi presa pela Polícia Civil nesta segunda-feira. Luciene Ramos Lima, de 24 anos, foi encontrada na casa de amigos no Bairro Maribá, em Betim, na Grande BH, no último sábado e apresentada na tarde desta segunda-feira. Ela negou o crime e diz que quer de volta a guarda da criança, que foi entregue a uma família substituta. O bebê sofreu queimaduras na perna depois que a mãe tentou retirar o desenho usando produtos corrosivos.
O caso veio à tona em 17 de março, quando a criança deu entrada na Unidade de Atendimento Imediato (UAI) do Bairro Guanabara. Os médicos constataram uma lesão na perna direita do menino provocada, possivelmente, por produtos corrosivos. A mãe teria causado as queimaduras para tentar retirar a tatuagem feita por ela. Os funcionários acionaram a polícia, que começou a investigar o caso.
Segundo o delegado Roberto Veran, da 2ª Delegacia de Betim, exames de corpo de delito constataram que a criança foi queimada por um tipo de abrasivo. Também encontraram outras lesões no corpo do garoto.
Depois que o bebê foi levado para o hospital, a mãe desapareceu do Bairro PTB, em Betim, onde morava. A polícia recebeu informações de que ela estaria escondida no Bairro Maribá, na mesma cidade, na casa de amigos, e começou a monitorá-la. No sábado, um mandado de prisão foi expedido e Luciene presa. “A criança tinha marcas de maus-tratos e, por isso, fizemos o pedido da prisão preventiva, que foi acatada pela Justiça. Ao ser detida, a mulher não demosntrou qualquer arrependimento e negou o crime”, afirma o delegado Roberto Veran.
Ao ser apresentada na tarde desta segunda-feira, a mulher já demonstrava um outro tipo de comportamento. Ela chorou e contou uma outra versão para os fatos. De acordo com Luciene, a lesão no filho foi provocada pelo cano de escapamento de uma moto, que estava estacionada no quintal de casa. Porém, a polícia informou que buscas feitas no imóvel não encontraram qualquer motocicleta.
A criança foi entregue a uma família provisória. “Pelas condições familiares, o conselho tutelar achou mais seguro o bebê ser entregue para uma família provisória. Será feito um acompanhamento para ver se a menina poderá voltar”, explica o delegado.
Luciene ainda tem esperanças de ter o filho de volta. “Peço ajuda para quem puder fazer exames e os médicos para provar que não foi uma tatuagem, mas sim apenas um acidente. Quero que eles provem que eu não maltratei o meu filho. Amo muito ele e quero poder ter a chance de criá-lo”, disse a mulher. .