Segundo o boletim de ocorrência (BO) da Polícia Militar (PM), guardas municipais que estavam na praça abordaram Heloísa e Bruno Alcântara Soares, de 38 anos, enquanto eles espalhavam cola e tinta sobre um monumento. Os ativistas desacataram os guardas e os agrediram, resistindo à prisão. Os guardas chegaram a usar o taser – arma que emite choque elétrico - contra Bruno. Os ativistas foram detidos por desacato e depredação ao patrimônio público.
Outra versão sobre o caso é compartilhada na internet. Por meio das redes sociais, os ativistas relatam que Heloísa e Bruno estavam fotografando cartazes de protesto pelos 50 anos do Golpe de 1964 junto aos monumentos quando foram abordados pelos guardas municipais. A ativista, que é filha de Helena Greco, uma das primeiras vereadoras de BH e militante dos direitos humanos, afirma que a ação foi truculenta. Por telefone, ela informou que pretende encaminhar denúncia ao Ministério Público de Minas Gerais, à Assembleia Legislativa e à Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Em nota, o deputado Nilmário Miranda afirma que houve truculência por parte dos guardas municipais. Ele também critica a comandante do policiamento da capital, coronel Cláudia Romualdo, por ter ido ao local no momento dos fatos com um grande contingente. “Na noite de domingo os militantes sociais Heloísa Greco, a Bizoca, e um companheiro, Bruno, fotografavam um busto na praça Santa Tereza, em Belo Horizonte, quando foram abordados por dois Guardas Municipais. Bruno foi dominado após o uso repetido do “taser”, arma não letal utilizada pela Guarda Municipal de Belo Horizonte. Bizoca foi submetida pela coronel Cláudia, do alto escalão da PM, que chegou ao local com contingente surpreendentemente grande para tão trivial ato. A coronel Claúdia alegou que foi ao local alertada para a possibilidade de um linchamento”, disse no documento.
No texto, o deputado também pede uma investigação sobre a prisão.
O em.com.br entrou em contato com a coronel Cláudia Romualdo, mas a comandante não atendeu as ligações. Os ativistas presos também foram contatados, mas não foram encontrados para prestar esclarecimentos.
Veja o vídeo da abordagem na reportagem da TV Alterosa
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