A Secretaria Municipal de Saúde assinou, nesta segunda-feira, o contrato para remoção e tratamento das cerca de 250 capivaras que habitam o entorno da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte. A necessidade de controle dos animais ganhou força principalmente por causa do alerta da febre maculosa, já que alguns roedores podem estar servindo de reservatórios da bactéria causadora da doença, que é transmitida ao homem pelo carrapato-estrela. A empresa vencedora da licitação foi a Equalis Ambiental, que receberá R$ 182 mil pelo serviço.
Após a publicação do contrato no Diário Oficial do Município, o que deve acontecer nos próximos dias, a Equalis Ambiental terá 180 dias para executar o processo de apreensão, retirada, manejo, exames e tratamento dos animais.
Segundo a secretaria, as capivaras já estão sendo ratadas com atrativos alimentares para facilitar a apreensão e a retirada para a quarentena. Os exames laboratoriais para detectar quais animais estão contaminados pela bactéria causadora da febre maculosa serão feitos pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) e podem durar até 20 dias. Os roedores que estiverem doentes serão sacrificados e incinerados, como consta no protocolo sanitário.
Saiba mais
A febre maculosa é transmitida ao homem pelo carrapato-estrela depois que ele se alimenta de sangue contaminado de animais como capivaras, cavalos, cães, aves domésticas. Os sintomas começam repentinamente e no conjunto se confundem com os de outras infecções: febre alta, dor no corpo, dor de cabeça, falta de apetite e desânimo, seguidos do surgimento de manchas avermelhadas na pele, que crescem e tornam-se salientes. Não há vacina. O tratamento, com antibióticos, precisa ser administrado no período inicial da doença.