Segundo o meteorologista, não há previsão de chuvas fortes para abril em BH. Ruibran explicou ainda que o aguaceiro que despencou sobre a capital foi causado devido à alta umidade relativa do ar, o que favoreceu a formação de nuvens e temporais.
Um balanço da Defesa Civil municipal mostra que a Região Noroeste da capital foi a que concentrou o maior volume de precipitação até as 19h de quarta-feira (91,2 milímetros). Na sequência, aparecem as regionais Centro-Sul (69,8 mm); Pampulha (63,4 mm); Nordeste (66,2 mm); Oeste (56,6 mm); Barreiro (54,4 mm); Norte (42,62 mm); Leste (39,4 mm) e Venda Nova (17,0 mm). Nessa quarta, a meteorologia registrou a queda de 55 mm de água, contra os 61 mm previstos para todo o mês de abril.
O temporal provocou transtornos em diversos pontos de Belo Horizonte. Na avenida Bernardo Vasconcelos, no Bairro Ipiranga, a enchente arrastou carros e assustou moradores. O Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, na Pampulha, teve o saguão totalmente alagado. Por volta das 17h30, passageiros que estavam no primeiro andar, subindo nas cadeiras para fugir das águas, foram transferidos para o segundo andar do terminal. Segundo a Infraero, a água subiu 1 metro e nenhum voo precisou ser cancelado.
Ao todo, a Defesa Civil registrou 53 pontos de alagamento na cidade, sendo 25 somente na Noroeste. BH teve oito desabamentos parciais de muro de arrimo e três deslizamentos de encostas em razão da chuva.