Dessa vez, moradores também sofreram com falta energia e houve queda de funcionamento do sistema de telefonia. Com a queda de energia, os semáforos não estão funcionando causando caos no trânsito da cidade. Boa parte da cidade ficou sem luz por cerca de 40 minutos, o que prejudicou bares, clubes e residências em diversos pontos de Montes Claros.
O abalo mais sentido por moradores da Vila Atlântica, região onde foi identificada uma falha geológica apontada como causa do fenômeno. Na sequência ocorreram os dois abalos de menor intensidade. O susto culminou em um alto registro de chamadas no Corpo de Bombeiros, no entanto somente uma ocorrência de dano foi registrada no Bairro Delfino, onde o teto de uma casa caiu.
O chefe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília, Lucas Vieira Barros, disse que foram instalados sismógrafos que ainda não fazem a transmissão de dados em tempo real. Como neste domingo não houve expediente na instituição, não é possível precisar a magnitude do abalo. Contudo, segundo ele, pelas informações levantadas por moradores o tremor foi em torno de 3.5 na escala Richter.
No começo da semana, o Corpo de Bombeiros recebeu mais de 20 ligações com pessoas assustadas relatando o ocorrido. Porém, a Defesa Civil da cidade não registrou feridos.
Montes Claros registra uma sequência de tremores nos últimos três anos. O mais forte deles – de 4,2 de magnitude, ocorrido em 19 de maio de 2012 - motivou a instalação de estações sismográficas da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade de São Paulo (USP), que passaram a monitorar os fenômenos, em parceria com a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Em março de 2013, foi divulgado relatório dos estudos, que confirmaram a causa dos sismos: trata-se de uma falha geológica de 3 quilômetros de extensão, situada a cerca 1,5 a 2 quilômetros de profundidade..