O Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB) confirmou que ocorreram cinco tremores em Montes Claros, no Norte de Minas, neste domingo. O abalo de maior intensidade foi registrado às 10h40 e chegou a 4,2 na escala Richter. Mais tarde, às 16h31, aconteceu outro tremor de magnitude 4,1.
A UNB identificou outros tremores às 10h41, 11h11 e 11h47, porém de intensidade menor, sendo que os equipamentos ainda não conseguiram medir a magnitude dos mesmos Uma força-tarefa formada pelo Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e prefeitura já está monitorando as áreas onde ocorreram os abalos a presta auxílio aos moradores desses locais.
Transtornos
O tremor mais sentido por moradores foi na Vila Atlântica, região onde foi identificada uma falha geológica apontada como causa do fenômeno. Na sequência ocorreram os dois abalos de menor intensidade. O susto culminou em um alto registro de chamadas no Corpo de Bombeiros, no entanto somente uma ocorrência de dano foi registrada no Bairro Delfino, onde o teto de uma casa caiu. Bombeiros estiveram no local e a casa foi interditada. Ninguém ficou ferido.
O chefe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília, Lucas Vieira Barros, disse que foram instalados sismógrafos que ainda não fazem a transmissão de dados em tempo real. Como neste domingo não houve expediente na instituição, não é possível precisar a magnitude do abalo. Contudo, segundo ele, pelas informações levantadas por moradores o tremor foi em torno de 3.5 na escala Richter.
No começo da semana, o Corpo de Bombeiros recebeu mais de 20 ligações com pessoas assustadas relatando o ocorrido. Porém, a Defesa Civil da cidade não registrou feridos.
Montes Claros registra uma sequência de tremores nos últimos três anos. O mais forte deles – de 4,2 de magnitude, ocorrido em 19 de maio de 2012 - motivou a instalação de estações sismográficas da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade de São Paulo (USP), que passaram a monitorar os fenômenos, em parceria com a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Em março de 2013, foi divulgado relatório dos estudos, que confirmaram a causa dos sismos: trata-se de uma falha geológica de 3 quilômetros de extensão, situada a cerca 1,5 a 2 quilômetros de profundidade.