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Estado de Minas

Montes Claros registra novo tremor de terra e UNB divulga estudo sobre casos

Abalo registrado no fim da noite de segunda atingiu 3.0 na escala Richter. Bombeiros receberam pelo menos 100 chamados. Observatório Sismológico da Universidade de Brasília explica que atividade sísmica na cidade não é incomum


postado em 08/04/2014 09:29 / atualizado em 08/04/2014 11:53

A terra voltou a tremer na noite de segunda-feira em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais. O Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UNB), confirmou que às 23h55 ocorreu um abalo de 3.0 na escala Richter. No início da manhã, o centro de pesquisa havia informado que o tremor alcançou 2.8 na escala, mas uma nova leitura de dados corrigiu o valor. O epicentro do tremor foi há 3 quilômetros da área urbana da cidade. O fenômeno assustou muitos moradores, que estavam dormindo. Nos último dias ocorreram seis tremores na cidade, cinco deles somente no domingo, sendo os mais fortes com 3.8 e 3.9 na escala Richter.

Equipes do Corpo de Bombeiros de Montes Claros percorrem a cidade desde a madrugada para atender solicitações dos moradores. Segundo a corporação, desde o registro do tremor, o 193 recebeu pelo menos 100 ligações. No entanto, a maioria era de pessoas assustadas e curiosas sobre o ocorrido. Seis chamadas relatavam trincas e rachaduras em imóveis que podem ter aparecido depois do abalo. Os bombeiros informaram que a Defesa Civil também acompanha as ações nesta terça.

ANÁLISE Diante do número de ocorrências, o observatório da UNB divulgou em seu site um estudo sobre a atividade sísmica que vem ocorrendo em Montes Claros. O tremor mais forte na cidade foi registrado em maio de 2012, atingindo 4 pontos na escala Richter.  Análises preliminares feitas pelo observatório indicam que trata-se de uma falha inversa, cuja movimentação é causada por tensões geológicas naturais do tipo compressão, de direção aproximadamente Leste-Oeste.

“Os tremores têm origem a profundidades entre 1 e 2 km, aproximadamente, ou seja, em rochas cristalinas da parte superior da crosta, abaixo da camada de calcário (resultado ainda a ser confirmado por estudos mais detalhados)”, explica o texto da universidade, que também descarta a relação dos tremores com as pedreiras no município. “Não há evidência de que a exploração nas pedreiras tenha relação com a atividade sísmica. Não é possível prever se a atividade vai continuar diminuindo ou se haverá novo surto com algum tremor de magnitude superior a 4.”

Observatório Sismológico da UNB também esclarece que os tremores de magnitude 4 ou maior acontecem duas vezes por ano no Brasil, em média. Assim, a atividade sísmica em Montes Claros não é considerada incomum.

“O cenário mais provável, é que a atividade diminua gradualmente com alguns tremores ocasionais de magnitude perto de 3. A probabilidade de ocorrer outro tremor maior, é estimada em 1% (baseado em estatísticas de outros casos no Brasil). Mesmo com probabilidade pequena, recomenda-se reforçar as casas frágeis próximas à área epicentral”, finaliza a instituição.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)


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