A Polícia Civil de São Gonçalo de Sapucaí, Região Sul de Minas, prendeu nesta terça-feira um homem suspeito de chefiar o tráfico de drogas na cidade. Ricardo Boaventura Alves, 22 anos, foi preso após receber cerca de 1,8 Kg de maconha pelos Correios. Nos últimos dias, denúncias anônimas foram recebidas pela polícia local, informando que uma gangue localizada no Bairro Tanque estaria recebendo várias quantidades de drogas pelo Sedex. Devido ao grande número de informações relacionadas ao caso, foi montada uma operação para flagrar o recebimento de uma possível encomenda. De acordo com o investigador José Augusto Machado, a Polícia Civil já tinha o conhecimento da atividade de tráfico no bairro. "O local é considerado um grande ponto de venda de entorpecentes. Montamos vigília em frente a casa que nos foi denunciada. Aparentemente não havia nada nem ninguém no local, pois um carro dos correios esteve duas vezes lá, mas não conseguiu entregar a encomenda", disse. Porém na segunda vez que esteve na casa, o carteiro deixou um bilhete na caixa de cartas para que a pessoa buscasse a correspondência numa agência dos Correios. Com isso, a equipe da Polícia Civil se dividiu, e foi até o local para aguardar a chegada dos suspeitos. "Em determinado momento os nossos homens que ficaram na casa viram que o dono do local chegou, leu o bilhete deixado pelo carteiro e saiu novamente. Enquanto isso, os policias que estavam na agência ficaram de prontidão", disse o investigador José Augusto. Segundo a polícia, Ricardo foi até o local para retirar a caixa, destinada ao seu cunhado Jhonatan de Paula Rabelo, que morava junto com ele. Na saída do local, ele foi rendido e abordado pela polícia, que com a presença de duas testemunhas, abriu a caixa que estava com o suspeito e encontrou duas barras de maconha embaladas entre adesivos e borra de café, usada para disfarçar o cheiro da droga. Ele foi preso em flagrante e encaminhado para o presídio de Pouso Alegre. Segundo o investigador, o cunhado de Ricardo ainda não foi encontrado. "Estamos efetuando buscas para encontrá-lo, pois o local onde eles moram é sempre alvo de denúncias. A droga que eles recebem, revendem aqui mesmo. Infelizmente o nome e o endereço do remetente são falsos, por isso ainda não sabemos de onde a droga vinha", disse. .