A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) informou que realiza trabalhos com objetivo de auxiliar à comunidade científica na busca por informações mais detalhadas sobre as causas dos tremores de terra ocorridos no município. A cidade tem um histórico de abalos sísmicos, que se intensificaram nos últimos quatro anos. Neste mês, em um intervalo de sete dias, os moradores sentiram sete tremores, cinco deles somente no último domingo, sendo os mais fortes de 3.8 e 3.9 graus na Escala Richter. No fim da noite de segunda-feira, um outro tremor, de 3.0 graus assustou a população. Estudos preliminares que indicam que o fenômeno é provocado por uma falha geológica na região, mas a população cobra o aprofundamento dos estudos a respeito do assunto.
A Unimontes também informou que está em andamento proposta para a implantação de um Núcleo de Sismologia na cidade, a partir de entendimento com Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB) e com a Universidade de São Paulo (USP). As atividades na universidade norte-mineira são desempenhadas pelo departamento de Geociências e pelo Centro de Estudos de Convivência com a Seca.
Desde junho de 2012, a Universidade de Montes Claros trabalha em parceria com a Universidade de Brasília, visando o monitoramento dos sismos. Foram instalados no município três sismógrafos, sendo um da Unimontes e dois da UnB. No entanto, a coleta de dados é manual e, por isso, a transmissão das informações em tempo real para a sede da UnB não pode ser feita, o que dificulta o monitoramento.
Na quarta-feira, a Unimontes informou que iniciou, nesta semana, a construção de um abrigo para os equipamentos sismográficos na área do Parque Estadual Estadual da Lapa Grande, próximo a área urbana. Com a construção do abrigo, será viabilizada a instalação do sistema online de transmissão, o que vai permitir o monitoramento mais eficaz e o avanço das pesquisas sobre as causas dos abalos sísmicos.