Os últimos casos foram registrados na madrugada desta quinta-feira, quando três ônibus foram apedrejados. Na terça-feira, quatro coletivos danificados durante um protesto. Segundo o coronel, também foi registrada uma barricada na BR-262, que liga Uberaba à capital. Ao todo, 15 coletivos foram alvo de vandalismo nos últimos dias, o que levou a PM a colocar viaturas em pontos estratégicos e policiais à paisana para ajudar nas apurações.
Mesmo com o registro dessas ocorrências, o coronel afirma que a maior preocupação da PM é com o pânico imposto por bandidos via redes sociais. Os criminosos combinaram as ações de vandalismo com recados aterrorizantes enviados pelo Facebook e WhatsApp. Segundo o comandante, as mensagens anunciaram arrastões, quebradeiras em lojas e ataques no transporte público. Alguns comerciantes fecharam as portas e escolas suspenderam as aulas. Os crimes anunciados não foram concluídos, mas o resultado foi um medo geral na população da cidade.
“Os trabalhos de inteligência das polícias Federal, Civil e Militar acompanharam as ameaças. Sabíamos pela forma e gravidade do que as pessoas diziam que era sem fundamento e tinha objetivo de causar pânico”, afirma o coronel Gomes. A Polícia Civil agora está tentando identificar as pessoas que divulgaram os recados, mas ainda ninguém foi preso.
Os ataques começaram no dia 28 de março durante um protesto contra a morte de Marcos Fábio Prata Teodoro, suspeito de tráfico de drogas na cidade que foi morto em confronto com a polícia. Na operação, outras três pessoas foram detidas. No dia 8 de abril, um novo protesto foi organizado por causa da morte do jovem Diego Silva Amaral, suspeito de furtos na zona rural da cidade. Segundo a PM, Diego foi flagrado numa blitz, jogou o carro em cima de um militar e ainda atirou contra a corporação.
“A polícia não vai ficar inerte diante das ações para desestabilizar o funcionamento da cidade. O corporativismo do mal se juntou para manifestar insatisfação com a ação da polícia.
Segundo o coronel Gomes, diferentes dos ataques ocorridos no Sul de Minas Gerais, comandados por detentos, os casos de Uberaba são agenciados por bandidos conhecidos da PM que agem dentro da cidade. O coronel tranqüiliza a população garantido o trabalho da corporação contra o clima de insegurança gerado pelos criminosos. .