A Justiça de Varginha, no Sul de Minas, aceitou a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) contra 49 pessoas presas e investigadas na Operação Jackpot, da Polícia Federal, que desmantelou uma quadrilha envolvida no jogo do bicho, corrupção policial e lavagem de dinheiro no ano passado.
De acordo com o Ministério Público, os denunciados responderão por contravenção de jogo de azar, corrupção passiva e ativa, lavagem de bens e valores e organização criminosa. A investigação foi realizada pelo MP por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Varginha e pela Receita Federal. Na denúncia oferecida à Justiça, o MPMG pede o afastamento cautelar de policiais que estão sendo investigados. “O inquérito policial mostra indícios veementes de autoria que apontam a participação de policiais civis no esquema criminoso”, afirma o promotor Mário Antônio Conceição, que assina a denúncia juntamente com o promotor Igor Serra no Silva. Também foi solicitada a quebra de sigilos bancário e fiscal de alguns dos envolvidos.
Considerando o número de acusados, os promotores também solicitaram a separação do processo, para evitar a lentidão na análise do caso.
Entenda o caso
Três grupos atuavam há mais de dez anos em Varginha, Elói Mendes, Três Pontas e Pouso Alegre. Conforme as investigações, a organização criminosa chegou a arrecadar cerca de R$ 40 milhões em três anos através de exploração de um hotel e fazenda, bem como de compra e venda de veículos usados. Foram denunciadas 49 pessoas entre exploradores de jogos ilegais, empresários, gerentes de bancas de apostas, recolhedores de apostas, comerciantes - os chamados apontadores, e policiais civis.
Com informações do Ministério Público de Minas Gerais
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