Jornal Estado de Minas

Assaltante é morto por policial à paisana ao tentar o crime da saidinha de banco em Neves

O criminoso abordou o policial que reagiu. Um comparsa do homem fugiu em uma motocicleta e ainda não foi encontrado. Militar será ouvido por um delegado ainda hoje

João Henrique do Vale
Um assaltante foi morto quando tentava praticar o golpe da saidinha de banco contra um soldado da Polícia Militar à paisana na tarde desta sexta-feira em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O comparsa do homem fugiu em uma moto depois da reação do policial e ainda não foi encontrado. Clientes de uma agência no Centro da cidade ficaram assustados com a troca de tiros e acabaram quebrando uma vidraça do estabelecimento. Uma pessoa ficou ferida.

O soldado do 36º Batalhão da PM afirmou que sacou a quantia de R$ 2 mil em uma agência do Banco Itaú no Bairro Justinópolis junto com seu cunhado. Em seguida, os dois seguiram em um carro e foram até outra agência no Centro da cidade. Ao adentrarem no estacionamento, foram abordados por dois homens em uma moto. “O garupa desceu com uma arma na mão e em seguida falou: 'perdeu, perdeu'.
Neste momento o policial sacou a arma e aconteceu a troca de tiros”, explica o capitão Otiniel Ori Silva, comandante da 2ª Companhia.

O criminoso armado se assustou, e atirou contra o policial, que se escondeu e revidou os disparos. “O militar atirou duas vezes e acertou a barriga do cidadão. Mesmo ferido, o homem correu por cerca de 80 metros atirando e depois caiu na via pública”, diz Silva. O comparsa dele fugiu.

Uma viatura do 40º Batalhão da PM que passava pelo local socorreu o criminoso para o Hospital São Judas Tadeu. Porém, ele morreu ao dar entrada na unidade de saúde. No tumulto, um cliente que estava no estacionamento tentou entrar no banco correndo, junto com outras pessoas, e um vidro acabou estourando. A vítima sofreu um corte na mão e na perna e teve que ser medicado.

O policial, que não teve o nome divulgado, teve a arma apreendida e será encaminhado para a delegacia. “Em princípio, ele agiu como cidadão comum. Nem se identificou como militar, pois não deu tempo. Ainda não sabemos se ficará detido, isso vai depender da avaliação do delegado”, afirma Silva.
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