Caso a justificativa não seja aceita, os torcedores brigões podem ser denunciados e julgados. Já cinco atleticanos e três cruzeirenses assistiram ao clássico que decidiu a 100ª edição do Campeonato Mineiro no batalhão e assinaram um termo de presença.
Ao todo, 16 torcedores – 12 do Galo e quatro do Cruzeiro – estão afastados por seis meses do entorno dos estádios nos dias que seus times jogarem. Eles devem comparecer ao BPE duas horas antes da partida e permanecer pelo mesmo período no local após o fim do jogo. Para os atleticanos, a medida começou a valer na última quinta-feira (10), no jogo do clube alvinegro contra o Zamora (Venezuela), no estádio Independência, pela Copa Libertadores.
A punição a atleticanos e cruzeirenses foi acordada na quarta-feira da semana passada (9), em duas audiências no Juizado Especial Criminal de Belo Horizonte. Os torcedores foram acusados pelo Ministério Público de violência no dia 30 de março, antes das semifinais do campeonato estadual em que os clubes jogaram respectivamente contra o Boa Esporte, no Mineirão, e o América, na Arena Independência.
Na primeira audiência foi discutida a situação de 14 torcedores do Cruzeiro flagrados no trajeto para o Mineirão, com instrumentos como barras de ferro, tacos de beisebol, cabos de enxada e porretes.
Quatro aceitaram transação penal, um não fazia juz ao benefício e nove recusaram. Para esses, foi oferecida denúncia e pedido de afastamento liminar do estádio, que foi deferido. A audiência de instrução e julgamento foi designada para o dia 23 de maio.
A segunda audiência tratou do caso de torcedores do Atlético que provocaram tumulto, confusão e incitaram violência na entrada do túnel da Lagoinha, no Centro de BH. Segundo foi relatado, os torcedores jogavam cones da BHTrans em pedestres e veículos que passavam pelo local, principalmente em torcedores adversários. Dos 14 envolvidos, compareceram 12, que aceitaram a transação penal proposta.
Com informações de Luana Cruz.