Proibidos pela Justiça de frequentar estádios de futebol, oito torcedores não compareceram ao Batalhão da Polícia de Eventos (BPE) nesse domingo, durante o jogo entre Cruzeiro e Atlético, no Mineirão, em Belo Horizonte. Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), sete atleticanos e um cruzeirense deixaram de se apresentar à polícia até as 15h de domingo e terão que justificar a ausência nesta segunda-feira.
Caso a justificativa não seja aceita, os torcedores brigões podem ser denunciados e julgados. Já cinco atleticanos e três cruzeirenses assistiram ao clássico que decidiu a 100ª edição do Campeonato Mineiro no batalhão e assinaram um termo de presença.
Ao todo, 16 torcedores – 12 do Galo e quatro do Cruzeiro – estão afastados por seis meses do entorno dos estádios nos dias que seus times jogarem. Eles devem comparecer ao BPE duas horas antes da partida e permanecer pelo mesmo período no local após o fim do jogo. Para os atleticanos, a medida começou a valer na última quinta-feira (10), no jogo do clube alvinegro contra o Zamora (Venezuela), no estádio Independência, pela Copa Libertadores.
Na primeira audiência foi discutida a situação de 14 torcedores do Cruzeiro flagrados no trajeto para o Mineirão, com instrumentos como barras de ferro, tacos de beisebol, cabos de enxada e porretes. De acordo com apuração, eles usaram as redes sociais para marcar confronto com torcidas rivais.
Quatro aceitaram transação penal, um não fazia juz ao benefício e nove recusaram. Para esses, foi oferecida denúncia e pedido de afastamento liminar do estádio, que foi deferido. A audiência de instrução e julgamento foi designada para o dia 23 de maio.
A segunda audiência tratou do caso de torcedores do Atlético que provocaram tumulto, confusão e incitaram violência na entrada do túnel da Lagoinha, no Centro de BH. Segundo foi relatado, os torcedores jogavam cones da BHTrans em pedestres e veículos que passavam pelo local, principalmente em torcedores adversários. Dos 14 envolvidos, compareceram 12, que aceitaram a transação penal proposta.
Com informações de Luana Cruz