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Estado de Minas

Tarado do Dona Clara deve ser ouvido em audiência nesta segunda-feira

O assistente administrativo Marcel Barbosa dos Santos, de 30 anos, é acusado de atacar 12 mulheres nas imediações do Bairro Dona Clara


postado em 14/04/2014 14:23

Homem foi preso outubro do ano passado e confessou os ataques(foto: Marcos Michellin/EM/D.A.Press)
Homem foi preso outubro do ano passado e confessou os ataques (foto: Marcos Michellin/EM/D.A.Press)

O assistente administrativo Marcel Barbosa dos Santos, de 30 anos, conhecido como “Tarado do Dona Clara”, participa de mais uma audiência de instrução na tarde desta segunda-feira. O homem é acusado de abusar de 12 mulheres na região da Pampulha. O caso é julgado na 8ª Vara Criminal do Fórum Lafayete pelo juiz Luiz Augusto César Pereira Monteiro Barreto Fonseca.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a audiência começou às 13h30. Serão ouvidas 20 testemunhas de defesa e em seguida Marcel deve prestar depoimento. As 12 vítimas deram declarações em outras sessões anteriores. A última delas aconteceu em 13 de março deste ano. Como o caso corre em segredo de justiça, o teor das oitivas não foi informado.

A atuação do maníaco começou a ser investigada depois que um estudante criou uma campanha nas redes sociais denunciando que um estuprador agia no Bairro Dona Clara. O cartaz divulgado na internet informava o registro de dez ataques em três dias. Os relatos das vítimas indicava que o homem agia, principalmente, nas imediações de uma escola particular e outra municipal do bairro. Circulando de moto, ele abordava as vítimas, as segurava pelo braço e passava a mão nas partes íntimas delas.

Marcel foi preso em um prédio residencial na Avenida Isabel Bueno, no Bairro Santa Rosa, na noite de 29 de outubro. Ele admitiu os abusos, mas foi liberado por não haver flagrante e nem mandado de prisão em aberto. No dia seguinte, o homem foi preso novamente mediante um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça.

Ao ser apresentado à imprensa, Marcel chorou muito. Ele se disse arrependido dos abusos sexuais e buscou se justificar alegando trauma sofrido na infância. Afirmou ter sido molestado por um primo e, por isso, repetia o ato com crianças e adolescentes.

O promotor Renato Bretz Pereira denunciou o assistente administrativo por 12 estupros. Caso seja condenado, ele pode pegar mais de 114 anos de prisão. Segundo o MP, somente em um dia, no curto espaço de 20 minutos, ele atacou quatro garotas, de 12, 13, 16 e 17 anos, no começo da manhã, quando seguiam para a escola, no Bairro Dona Clara. Em três casos ele agiu da mesma forma: se aproximou das vítimas em uma motocicleta e as pegou pelas costas. Depois de imobilizá-las, passou as mãos nas partes íntimas das vítimas. No mesmo bairro, mas em outra data, ele atacou outra adolescente, de 15 anos. Os outros crimes ocorreram nos bairros Jaraguá (três vítimas de 16, 17 e 21 anos); no Liberdade (uma de 17); e no Ouro Preto (uma jovem de 19 anos).

Veja imagens de um dos ataques do Tarado do Dona Clara



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