Servidores da saúde de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, fazem uma paralisação de 24 horas nesta segunda-feira. A categoria informa que as unidades de saúde da cidade estão funcionando em escala mínima. O grupo reivindica reajuste salarial e melhorias no plano de carreira.
Desde o início da manhã, centenas de servidores se concentraram na frente da Unidade de Atendimento Integrado (Uai) 7 de Setembro, no Centro da cidade. De lá, fizeram uma passeata, junto com o Sindicato de Guardas Municipais do Estado de Minas Gerais (Sindguardas) e do Sindicato de Farmacêuticos do Estado de Minas Gerais (Sinfarmig), até o prédio da prefeitura.
De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores de Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde), a categoria reivindica o reajuste salarial de 10 %. A prefeitura apresentou uma proposta de 6 %, porém os valores seriam parcelados em maio e outubro. Essa condição desagrada os servidores.
Além do reajuste, os trabalhadores também pedem mais concursos públicos e redução da jornada de trabalho. A categoria marcou para o próximo dia 23 uma assembleia. Caso não haja avanço nas negociações, os servidores ameaçam entrar em greve.
Em nota, a prefeitura de Betim informou que todas as unidades de saúde estão abertas, mas admite que em algumas os serviços são realizados em escala mínima. O setor de urgência e emergência do Hospital Regional de Betim está funcionando normalmente.
Em relação a negociação, a administração municipal afirmou que na última sexta-feira aconteceu uma reunião entre as partes. Os membros do Poder Executivo de Betim apresentaram a proposta final que concede reajuste salarial de 7% ao funcionalismo público, escalonado em duas parcelas: 3% retroativo a abril e 4% em outubro. Foi apresentada também a proposta de reajuste de 10% do cartão de compras Cesta Servidor.