Uma quadrilha especializada no tráfico de drogas foi desmantelada em uma operação do Departamento de Investigações de Crimes Contra o Patrimônio (DICCP) da Polícia Civil. Com o grupo, que foi detido em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram encontrados 30 quilos de cocaína escondidos no fundo falso de um caminhão. As investigações apontaram que os criminosos se organizavam por meio da internet para a venda do material.
As investigações começaram depois que policiais monitoraram as redes sociais em que alguns criminosos participavam. Foi identificado que um carregamento de drogas chegaria a Belo Horizonte em um caminhão que saiu do Mato Grosso. “A partir deste dado inicial, começamos a monitorar e conseguimos localizar o caminhão no Bairro Dom Bosco, Região Noroeste da capital. O veículo estava quebrado próximo a uma oficina mecânica”, explica o delegado César Matoso, responsável pelo caso.
O veículo foi consertado e os criminosos seguiram em direção a Lagoa Santa, com dois carros escoltando o caminhão. Porém, ao passarem pela MG-010 próximo a Cidade Administrativa, um novo problema mecânico impediu a sequência da viagem. Um guincho foi acionado, e o veículo de carga foi levado para uma outra oficina.
Em 10 de abril, o casal viajou no caminhão e foi seguido por um Celta e um Golf. Todos foram para Lagoa Santa e pararam em um sítio da região. O grupo foi surpreendido por policiais quando chegavam na propriedade. Foram presos, Vanil Máximo de Oliveira, de 38 anos, Paulo Deives Ferreira de Queiroz, de 48, Marcelo Teixeira, de 37, e Jéssica Francielly Santos, de 22. Em um fundo falso do caminhão estavam 29 tabletes de cocaína, que juntos pesam 30 quilos.
As investigações apontaram que o grupo se articulou pelas redes sociais. “Conseguimos ver que a informação inicial partiu da internet. Mas não podemos dizer que a venda toda do entorpecente era feita por ela”, comenta o delegado que completa. “Entendemos que é um grupo bem organizado e que tem ramificações em outros estados”.
A droga foi comprada no Mato Grosso e trazida para Belo Horizonte. O delegado não descarta que o material seria encaminhado para outros estados. Todos os envolvidos vão ser indiciados por tráfico de drogas e associação ao tráfico.