De acordo com o coronel, os familiares relataram que pouco antes de meia noite, três militares pediram permissão para entrar na casa e, mesmo sem mandado, foram autorizados pela mãe de José Ricardo a entrar. Eles revistaram o jovem e foram embora depois de não encontrar qualquer material ilícito.
Conforme o coronel Carvalho, consta na denúncia que minutos depois, dois homens voltaram à casa e pularam a janela em direção ao quarto de José Ricardo. Enquanto a família foi mantida em um dos cômodos, vigiada por um homem encapuzado, o outro invasor executou o jovem a tiros no quarto. Os dois homens que entraram na residência para matar usavam calça jeans, segundo o relato das testemunhas.
Conforme o coronel, os parentes citaram até mesmo o nome de um militar com quem José Ricardo teve um desentendimento anterior. Os familiares disseram que esse policial seria do Batalhão Rotam, mas a PM já verificou e a informação não procede. A Corregedoria acompanha os trabalhos de perícia na casa do rapaz na manhã desta quarta-feira para emitir parecer e caso conclua que houve participação de militares, proceder com as prisões.
“A perícia está indo lá verificar vestígios que podem ajudar a identificar as pessoas que a família está apontando. Até a agora estamos no levantamento de dados e não descartamos nada”, afirma o coronel. Segundo Carvalho, o jovem executado tem passagens pela polícia por tráfico. Conforme o comandante, os homens que voltaram na casa para matar podem não ser militares, pois José Ricardo tinha desentendimentos com rivais do tráfico na região, informação repassada à PM pelos próprios parentes. .