A Corregedoria da Polícia Militar (PM) vai apurar as denúncias da família do jovem José Ricardo Venâncio, de 19 anos, executado com seis tiros em casa na madrugada desta quarta-feira no Bairro Jardim Vitória, Região Nordeste de Belo Horizonte. Os parentes apontam três militares com autores do crime que aconteceu na Rua Sossego. O comandante do Policiamento Especializado, coronel Antônio de Carvalho, está acompanhando o caso porque a denúncia inicial é de que os militares estavam com fardas camufladas, uniformes usados geralmente por militares dos batalhões de Evento e Rotam.
De acordo com o coronel, os familiares relataram que pouco antes de meia noite, três militares pediram permissão para entrar na casa e, mesmo sem mandado, foram autorizados pela mãe de José Ricardo a entrar. Eles revistaram o jovem e foram embora depois de não encontrar qualquer material ilícito.
Conforme o coronel Carvalho, consta na denúncia que minutos depois, dois homens voltaram à casa e pularam a janela em direção ao quarto de José Ricardo. Enquanto a família foi mantida em um dos cômodos, vigiada por um homem encapuzado, o outro invasor executou o jovem a tiros no quarto. Os dois homens que entraram na residência para matar usavam calça jeans, segundo o relato das testemunhas. Mesmo assim, os familiares estão convencidos do envolvimento de militares na morte de José Ricardo.
Conforme o coronel, os parentes citaram até mesmo o nome de um militar com quem José Ricardo teve um desentendimento anterior. Os familiares disseram que esse policial seria do Batalhão Rotam, mas a PM já verificou e a informação não procede. A Corregedoria acompanha os trabalhos de perícia na casa do rapaz na manhã desta quarta-feira para emitir parecer e caso conclua que houve participação de militares, proceder com as prisões.
EXECUÇÃO