Sargento da PM é preso junto com comparsas com 103 quilos de maconha em Juatuba

Uma operação da Polícia Civil, em parceria com o Grupo de Combate às Organizações criminosas (GCOC), terminou com a prisão de oito pessoas nessa terça-feira em Juatuba, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Com os suspeitos, entre eles um sargento da Polícia Militar, foi encontrado 103 quilos de maconha e 450 pinos para armazenamento de cocaína. O grupo afirmou que a droga foi transportada do Mato Grosso do Sul e seria distribuída na capital e municípios da região metropolitana. Todos foram apresentados na tarde desta quarta-feira no 2º Departamento de Contagem.

As investigações contra a quadrilha começaram há aproximadamente um mês. Policiais da delegacia de Juatuba receberam denúncias que o grupo estaria armazenando drogas em uma casa para depois distribuir o entorpecente para outros municípios. “Também recebemos informações do Grupo de Combate às Organizações criminosas do Ministério Público que fazia uma apuração paralela sobre o mesmo caso”, explica a delegada Alessandra Wilke.

Na manhã desta terça-feira, a polícia conseguiu identificar o imóvel onde a droga estava armazenada, no Bairro Castelo Brando e deflagraram a operação. Os policiais fizeram campana e esperaram o momento certo para prender os criminosos. “A casa era alugada por um homem morador de Contagem que estava com um mandado de prisão em aberto por homicídio. Quando chegamos lá, quatro dos homens estavam chegando no local e o restante fazendo a escolta”, afirma a delegada.

Dentre os oito presos estava um sargento da 6ª Companhia do 1º Batalhão da Polícia Militar, a esposa e o sobrinho dele. O militar negou o crime. “O sargento é tio do proprietário da droga e chefe deste bando. Ele nega o envolvimento e diz apenas que estava levando o sobrinho, mas elementos da investigação apontam envolvimento grande dele com o pessoal”, diz Wilke.

Foram presos, Márcio Eustáquio de Oliveira Luz, vulgo Fareja, de 28 anos, Jaaziel da Rocha Torres, de 41, Roney Camilo Rodrigues, 24, Aparecido Santos Araújo, vulgo Nêgo, 21, Gustavo Henrique Muniz Nascimento de Oliveira, vulgo Gustavinho, 22, Ricardo Goulart Escobar, vulgo Donatelo, 22, Eureni Barroso, 46, e o sargento W.M.C, 38, que teve apenas as iniciais do nome divulgada.

Parte dos criminosos é moradora do Mato Grosso do Sul de onde a droga foi transportada. “Notamos que a grande maioria dos entorpecentes que circulam em Juatuba são para o armazenamento. O material é guardado lá para depois ser distribuido em BH e região metropolitana”, comenta a delegada. Essa foi a maior apreensão da história de policiais civis da cidade.