Jornal Estado de Minas

Empresário acusado de matar mineira na Itália é condenado à prisão perpétua

Após quatro horas de julgamento, Cláudio Grogoletto foi condenado pela Justiça italiana. Crime aconteceu no dia 29 de agosto de 2013, quando mineira foi encontrada morta em escritório

Mineira esperava um filho do empresário italiano - Foto: Reprodução LinkedIn

O empresário Cláudio Grogoletto, dono da empresa Alpi Aviation do Brasil, foi condenado à prisão perpétua na tarde desta quinta-feira, pelo assassinato da mineira de Uberlândia, Marília Rodrigues Silva Martins, de 29 anos, que teve o corpo encontrado no escritório da companhia, na cidade de Gambara, província de Bréscia, no Norte da Itália, no dia 29 de agosto de 2013. As informações são do jornal italiano Giornale di Brescia.

Depois de quatro horas de julgamento na Câmara do Conselho dos juízes, o tribunal anunciou a sentença por duas mortes, a de Marília e a do bebê que ela esperava. O empresário foi enquadrado pela lei .108 do código Penal Italiano e foi considerado pelo júri um “delinqüente por tendência”.

 

O corpo da turismóloga mineira foi sepultado no dia 14 de setembro de 2013 no Cemitério Campo Bom Pastor, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A vítima vivia há 14 anos no exterior, e manteve um relacionamento com Griogoletto, que era casado. A mulher estava grávida de cinco meses quando aconteceu o crime. Durante as investigações, a imprensa italiana informou que o motivo do assassinato era a gravidez, e que o réu queria eliminar o problema.

Entenda o caso

O corpo de Marília foi encontrado pelo chefe com vários ferimentos no rosto e na nuca. Ela estava caída no escritório, com um forte cheiro de gás, causado por um vazamento da caldeira.

A hipótese de um acidente foi descartada já no início das investigações, após a autópsia. Segundo o exame, ela foi estrangulada.

.