De acordo com o capitão, a PM foi acionada no sábado para atender uma ocorrência de briga entre gangues dos bairros São Domingos e Talma. Uma viatura se deslocou até o local indicado em denúncia anônima e localizou um grupo de jovens. “Segundo quem estava na operação, ao perceber a aproximação dos militares, um dos suspeitos levou a mão à cintura e se tentou se esconder atrás da viatura. Quandos os policiais tentaram se aproximar para imobilizá-lo, ele sacou uma arma, disparou uma vez, mas o tiro mascou.
Na versão contada pelos militares que participaram da operação, os policiais teriam tentado socorrer o jovem, mas foram impedidos pelos companheiros do suspeito, que chamaram a família do rapaz e disseram que ele estava desarmado. “Eles se aproveitaram do fato de que a PM havia apreendido a arma para dizer aos parentes da vítima que aquele foi um tiro de covardia, que ele não havia reagido”, diz o capitão. A notícia se espalhou entre os moradores que começaram a protestar e jogar pedras contra os policiais, que precisaram chamar reforço.
O militar que efetuou o disparo foi preso e encaminhado ao batalhão para prestar esclarecimentos. Nesse domingo, a casa de outro policial sem qualquer relação com a operação de sábado foi alvo de um coquetel molotov, arma química incendiária, que combina diversos líquidos inflamáveis. Um quarto foi completamente destruído pelas chamas e a cozinha teve vários eletrodomésticos queimados. "Ele não tinha nada a ver com a história, é policial rodoviário. Mas foi atacado por ser militar e morar no mesmo bairro em que ocorreu o fato", explica o capitão Procópio. Para garantir a segurança no bairro, vários militares reforçam o policiamento na região. A PM já tem informações sobre os responsáveis pelo incêndio, mas ninguém foi preso ainda. “Vamos esperar um mandado judicial. Não queremos criar uma situação de estresse muito grande com a população, por isso vamos aguardar a conclusão das investigações. Não queremos invadir”, afirma o capitão. .