Os seis integrantes do grupo respondem por associação criminosa, corrupção ativa e passiva, prevaricação e violação de sigilo profissional. De acordo com a denúncia do MPF, os policiais rodoviários Wanderly José de Freitas Pedrosa, Lásaro Daniel Rosa Dias e Perseu Lopes Lugon suniram com Wesley Magalhães Vasconcelos e Ricardo da Silva Maia para fazer sucessivas abordagens a caminhoneiros. Um motorista, que não integrava a quadrilha, foi denunciado por pagar propina.
Na denúncia, o MPF afirma que os casos eram tão repetitivos que alguns empresários já contabilizavam como despesa do transporte a quantia que tinham que pagar aos policias. Quando o pedido era negado, os condutores eram ameaçados e até agredidos fisicamente.
No julgamento, Wanderly Pedrosa, denunciado pelo maior número de crimes, recebeu pena de 10 anos e 2 meses de prisão. Os demais integrantes do grupo criminoso receberam pena de 4 anos e 2 meses. O caminhoneiro Lauro Pesse foi condenado a 2 anos de reclusão.
O MPF recorreu pedindo a reforma da sentença que absolveu Pedrosa dos crimes de tráfico de influência e advocacia administrativa. Também pediu o aumento das penas dos outros réus.
Suspensão de salários
Um outro recurso do órgão pediu a suspensão do pagamento dos salários dos policiais. Conforme o MPF, eles estão recebendo seus vencimentos normalmente, embora já estejam condenados em 1ª instância e afastados do trabalho como medida cautelar decretada em substituição à prisão preventiva que perdurou por mais de 8 meses e foi revogada ao final da instrução processual. .