O Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação na Justiça para tentar aumentar a pena de três policiais rodoviários federais e outras três pessoas que integravam uma quadrilha que praticava crimes contra caminhoneiros em Minas. Os integrantes da organização criminosa cobravam propina de motoristas que seguiam por rodovias na região de Caratinga e Manhuaçu, Regão Sudeste de Minas Gerais. Todos foram condenados a penas que variam entre 2 e 10 anos de prisão.
Na denúncia, o MPF afirma que os casos eram tão repetitivos que alguns empresários já contabilizavam como despesa do transporte a quantia que tinham que pagar aos policias. Quando o pedido era negado, os condutores eram ameaçados e até agredidos fisicamente.
No julgamento, Wanderly Pedrosa, denunciado pelo maior número de crimes, recebeu pena de 10 anos e 2 meses de prisão. Os demais integrantes do grupo criminoso receberam pena de 4 anos e 2 meses. O caminhoneiro Lauro Pesse foi condenado a 2 anos de reclusão.
O MPF recorreu pedindo a reforma da sentença que absolveu Pedrosa dos crimes de tráfico de influência e advocacia administrativa. Também pediu o aumento das penas dos outros réus.
Suspensão de salários
Um outro recurso do órgão pediu a suspensão do pagamento dos salários dos policiais. Conforme o MPF, eles estão recebendo seus vencimentos normalmente, embora já estejam condenados em 1ª instância e afastados do trabalho como medida cautelar decretada em substituição à prisão preventiva que perdurou por mais de 8 meses e foi revogada ao final da instrução processual.