De acordo com o Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP), Matias era líder do tráfico no Bairro Bonanza em Santa Luzia, na Grande BH, e Wellington era usuário de drogas. Segundo a polícia, o crime teve relação com dívida do tráfico.
Em 2010, Matias esteve preso na Penitenciária José Maria Alckmin, em Ribeirão das Neves, por crime de tráfico e porte ilegal de armas. Quando passou para regime semi-aberto, saiu para trabalhar e não voltou para a cadeia. A partir desse momento, assumiu a identidade do irmão que tinha ficha limpa.
Com o nome de Matiele, comandou o tráfico junto com a esposa e ganhou o carisma da população ajudando a conseguir remédios, comida e gás de cozinha. Ninguém da comunidade do Bonanza sabia o verdadeiro nome do traficante, que ficou famoso como Matiele.
Ele é suspeito de cometer outros homicídios, cujos relatos em boletins de ocorrência citam o nome de Matiele. Ele nunca foi qualificado com autor dos crimes, por isso continuou sem ficha criminal, mas a polícia estava no encalço dele por causa de tantas citações em casos de homicídio.
No último dia 18, o suspeito estava dentro de um carro roubado e foi perseguido por policiais militares em Santa Luzia. Ele se apresentou como Matiele, ficou preso na delegacia pela receptação do veículo roubado, mas deixaria a cadeia no dia seguinte após pagamento de fiança. Como ele deu o nome de Matiele, no histórico da polícia não havia qualquer registro, assim poderia pagar a quantia estabelecida e sair da prisão.
No entanto, policiais do DIHPP souberam da prisão de Matiele – muito citado em casos de homicídio – e foram até a delegacia em Santa Luzia para verificar a situação, antes que ele deixasse a unidade. Foi neste momento que toda a história e Matias foi descoberta. A polícia o desmascarou e viu que ele usava o nome do irmão para esconder histórico criminal.
Além da morte de Welington, o suspeito também é investigado pela morte de Jobert Rosa Lacerda e Juliano César Paulino Sales. Um quarto homicídio também é apurado pela polícia. O DIHPP ainda não conseguiu encontrar o verdadeiro Matias..