Policiais militares que deveriam zelar pela segurança durante a realização de eventos esportivos foram flagrados hoje exaltando vândalos que foram presos pichando o Centro de Belo Horizonte. Os seis colombianos torcedores do Atlético de Medelin foram detidos na 6ª Companhia da Polícia Militar, no Centro, depois de serem monitorados por uma das câmeras do Olho Vivo, rabiscando a parede de um edifício na Rua da Bahia com uma bisnaga de graxa para sapato, nesta madrugada, depois de terem comemorado a classificação do seu time sobre o Galo.

Ao chegar na unidade da PM, ainda uniformizados, em vez de serem tratados como infratores os colombianos foram o centro das atenções e acabaram sendo levados a tirar fotos ao lado de policiais fardados fazendo o símbolo de 6 a 1 com os dedos, que representa a última grande vitória do arquirrival atleticano, o Cruzeiro.

Entre risos e piadas os policiais se revezavam na mesma pose com os colombianos, enquanto os colegas faziam fotografias com os telefones celulares, numa atitude de provocação ao time rival própria das torcidas organizadas e que muitas vezes se reverteram em brigas, quebradeira e até mortes nas ruas. O seis colombianos pichadores foram levados para a Superintendência da Polícia Federal, pois alguns não tinham documentos.

O Comando do Policiamento da Capital (CPC) determinou que o tenente-coronel Helbert Figueiró de Lourdes, comandante do 1º Batalhão da PM, se posicionasse sobre o assunto. Para o militar, as imagens sugerem atitudes debochadas e que podem render punição aos militares. "Já determinei uma sindicância administrativa para apurar as circunstâncias em que ocorreram essas atitudes, até mesmo para que os policiais se expliquem", disse. "Não vemos com bons olhos isso que nos pareceu uma brincadeira entre aspas, pois isso pode ferir a seriedade do trabalho, a ética e o profissionalismo", disse.

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