Mas entidades que representam moradores da Região da Pampulha reclamam da demora em se estabelecerem pontos para estacionamentos nos bairros, além de locais onde vans e outros tipos de transporte poderão circular e parar para pegar passageiros. Queixam-se também do asfaltamento precário das ruas.
A situação do trânsito só tem piorado nos cruzamentos e ao longo de vias como as avenidas Fleming e Heráclito Mourão Filho e nas ruas Cecília e Sardenha, de acordo com o presidente da Associação Comunitária do Bairro Bandeirantes (ACBT), Afrânio Alves de Andrade. De acordo com ele, o tráfego intenso tem feito vítimas, inclusive entre os ciclistas. “Só nestes últimos dias, fiquei sabendo de três pessoas que estavam pedalando perto da minha casa e que foram atropeladas. A prefeitura quis compatibilizar a circulação de pedestres, bicicletas, motos, carros e ônibus, mas ao meu ver trouxe mais perigo para quem tenta andar pelo espaço que lhe cabe”, afirma.
Para o líder comunitário, o asfaltamento realizado até então e algumas intervenções são considerados “paliativos”. “Não tivemos ampliação de vias ou pavimentação.
Um problema histórico que acompanha a região desde que o Mineirão foi inaugurado é o estacionamento irregular, que muitas vezes bloqueia portas de garagens, havendo até registros de veículos sobre as calçadas e jardins das casas, sobretudo nos bairros São Luiz e São José. “Ainda não se sabe exatamente como serão as questões de tráfego e de estacionamento dentro dos bairros com a Copa do Mundo. Mas nenhuma intervenção, no sentido de organizar esses espaços, foi feita ainda. Desde que se inaugurou o estádio esse problema ocorre”, afirma o presidente da organização não governamental Pampulha Viva, Monir Tahan.
“Muita gente que reclama hoje se mudou depois que o Mineirão foi construído. Seria preciso se sentar com as autoridades e resolver essa questão, sem privilégios para ninguém. Mas se formos pensar bem, esse problema já foi insuportável, porque o estádio hoje não recebe mais de 80 mil torcedores, sendo que os públicos de antigamente chegavam a ser mais de 100 mil pessoas, todas vindo de carro para a Pampulha”, afirma.
A Superintendência de Desenvolvimento da da Capital (Sudecap) informou que tem um plano contínuo de recapeamento de vias. Por meio de nota a acrescentou que foram investidos em 2012 cerca de R$ 55 milhões no recapeamento de 145.221 metros de extensão de via. No ano passado o investimento foi de R$ 44.209.860 nesse serviço, com recapeamento total de 103,78 quilômetros. Estão previstos para 2014 investimentos de aproximadamente R$ 44 milhões, distribuídos nas nove regionais. “As obras de recapeamento realizadas pela Sudecap obedecem lista de prioridades determinadas em comum acordo com as regionais e BHTrans, que solicitam vistorias, indicando as ruas em pior estado ou de grande fluxo de circulação de veículos. Além disso, durante todo o ano as regionais realizam o serviço de tapa-buracos na cidade”, informou a empresa..