Jornal Estado de Minas

Servidores públicos municipais entram em greve e protestam no Centro

Funcionários pedem 15% de reajuste salarial e aumento do vale-alimentação para R$ 28. Servidores caminham pelo Centro da Praça da Estação até a porta da prefeitura na Avenida Afonso Pena

Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri

Servidores em passeata pelo Centro da capital - Foto: Divulgação Sindibel


Os servidores púbicos municipais de Belo Horizonte entraram em greve nesta terça-feira e saíram em passeata pelas ruas do Centro. Eles deixaram a Praça da Estação - onde ocorreu a assembleia da categoria -, em direção ao prédio da prefeitura, que fica na Avenida Afonso Pena. Os manifestantes fazem uma parada na Praça Sete com faixas e carro de som. Conforme a BHTrans, o trânsito é lento em toda região central. A decisão é de manter a greve até dia 14 de maio, quando acontece outra reunião entre os trabalhadores para analisar propostas da PBH.

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Aderiram ao movimento os profissionais da saúde, educação, administrações regionais, fiscalização, limpeza urbana, entre outros grupos. Eles pedem 15% de reajuste salarial e aumento do vale-alimentação para R$ 28, além de reivindicações específicas de cada área. Conforme o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), em reunião realizada ontem, a prefeitura manteve a proposta de 5,56% de reajuste nos salários a partir de outubro.

Ofereceu também aumento de R$ 1 no vale-alimentação, o que é considerado insuficiente pelos servidores.

Terceirizados da SLU já estavam mobilizados em paralisação e se juntaram ao servidores no Centro - Foto: Edésio Ferreira/EM DA PressOs trabalhadores defendem que a proposta é totalmente insatisfatória porque não repõe valores acima da inflação. Outro ponto levantado pelo Sindibel é a disparidade de salários na prefeitura. Atualmente, dos mais de 45 mil servidores, 36 % (cerca de 15 mil) ganham entre R$ 1 mil e R$ 2 mil. Enquanto isso, pouco mais de 600 trabalhadores (cerca de 1% do total) possuem remuneração superior a R$ 15 mil por mês.

Um dos serviços que já está prejudicado pela greve é a coleta seletiva. Os funcionários terceirizados da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) fazem paralisação hoje e se juntam aos servidores ligados ao Sindibel. Na noite dessa segunda-feira, pouco mais de duas semanas após a categoria reivindicar reajuste salarial, os garis suspenderam o serviço. Segundo a SLU, todos os bairros da regiões Centro-Sul e Leste não tiveram coleta domiciliar. Calcula-se que somente 40% da coleta foi feita em toda a cidade.

Assembleia nesta manhã, na Praça da Estação, em quer os servidores definiram a greve - Foto: Edesio Ferreira/EM DA Press

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