Os servidores púbicos municipais de Belo Horizonte entraram em greve nesta terça-feira e saíram em passeata pelas ruas do Centro. Eles deixaram a Praça da Estação - onde ocorreu a assembleia da categoria -, em direção ao prédio da prefeitura, que fica na Avenida Afonso Pena. Os manifestantes fazem uma parada na Praça Sete com faixas e carro de som. Conforme a BHTrans, o trânsito é lento em toda região central. A decisão é de manter a greve até dia 14 de maio, quando acontece outra reunião entre os trabalhadores para analisar propostas da PBH.
Os trabalhadores defendem que a proposta é totalmente insatisfatória porque não repõe valores acima da inflação. Outro ponto levantado pelo Sindibel é a disparidade de salários na prefeitura. Atualmente, dos mais de 45 mil servidores, 36 % (cerca de 15 mil) ganham entre R$ 1 mil e R$ 2 mil. Enquanto isso, pouco mais de 600 trabalhadores (cerca de 1% do total) possuem remuneração superior a R$ 15 mil por mês.
Um dos serviços que já está prejudicado pela greve é a coleta seletiva. Os funcionários terceirizados da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) fazem paralisação hoje e se juntam aos servidores ligados ao Sindibel. Na noite dessa segunda-feira, pouco mais de duas semanas após a categoria reivindicar reajuste salarial, os garis suspenderam o serviço. Segundo a SLU, todos os bairros da regiões Centro-Sul e Leste não tiveram coleta domiciliar. Calcula-se que somente 40% da coleta foi feita em toda a cidade.