O júri teve início as 9h. As testemunhas de defesa e acusação foram ouvidos e em seguida o réu, que negou os crimes. Depois foi a vez dos debates. O promotor de Justiça Carlos Eduardo Avanzi de Almeida, pediu a condenação do acusado pelo aborto de duas mulheres e a absolvição de outra. Todas elas estavam inseridas no processo, porém foram excluídas, uma vez que houve a prescrição do crime.
Ao se reunirem, os jurados reconheceram, por maioria de votos, que todas as mulheres passaram por aborto. Porém, não reconheceram o médico como o autor do crime. Com isso, William Salume Maia foi absolvido.
Conforme a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), as três mulheres que admitiram o aborto passaram pelo procedimento entre 2005 e 2006. Os casos foram denunciados pelas duas secretárias do profissional, que estranharam que as pacientes faziam no máximo duas consultas e não voltavam mais ao consultório. Segundo as investigações, os abortos aconteciam na clínica do médico e a curetagem em outro hospital de Campo Belo.
Três mulheres foram identificadas e duas delas confessaram. Conforme o MP, elas narram com riqueza de detalhes como foi o procedimento. Uma delas chegou a dizer que pagou entre R$ 800 e R$ 1 mil pelo trabalho. .