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Estado de Minas

Mais de 20 mil profissionais estão escalados em BH para dar suporte à Copa

Conheça alguns dos profissionais convocados para atuar no maior evento esportivo do planeta e que já estão preparados para garantir o sucesso do Mundial no Brasil


postado em 12/05/2014 06:00 / atualizado em 12/05/2014 07:56

O técnico Luiz Felipe Scolari mostrou ao mundo na quarta-feira quem são os 23 atletas que defenderão a Seleção Brasileira na Copa do Mundo. Mas, faltando 30 dias para o início da competição, que teve investimentos de R$ 2,5 bilhões em Belo Horizonte, os jogadores não são os únicos convocados. Outros profissionais responsáveis por viabilizar o evento esportivo também já foram escalados para funções como segurança, transporte, fiscalização, comunicação e lazer. Vão atuar em órgãos públicos, como BHTrans, Polícia Militar (PM) e Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), e também no setor privado, como funcionários da rede hoteleira e voluntários. A reportagem do Estado de Minas mostra quem são alguns responsáveis pela tomada de decisões nessas áreas durante o evento que contará com mais de 20 mil trabalhadores, sendo 11 mil seguranças privados, 8 mil policiais, 1,5 mil voluntários e 100 fiscais nas Fanfests e no Mineirão. Se os recursos humanos aparentam estar prontos, questões estruturais, como os atrativos turísticos, não receberam investimentos em informação, sinalização e segurança.


As decisões sobre quais ruas fechar, que mudanças fazer nos horários dos ônibus ou no aumento do tempo dos semáforos precisam ser tomadas rapidamente, em caso de uma manifestação ou acidente, para que o tráfego nas vias de Belo Horizonte não fique travado. Quem fará isso durante a Copa do Mundo será a supervisora operacional da BHTrans, Denise Fontes. “Nosso trabalho é permitir que a mobilidade urbana não seja afetada. Recebo informes por rádio, acompanho em tempo real os simuladores na tela dos computadores e as imagens das câmeras de rua”, conta. No caso de problemas, como protestos que fecharam vias importantes no ano passado durante a Copa das Confederações, o principal é não inviabilizar a circulação dos ônibus. “Ao mudar o itinerário, não podemos tirar os coletivos muito da rota, para que os passageiros não desçam onde não conhecem”, informa.

Fontes tem a experiência de ter acompanhado a evolução do tráfego de BH desde a época da Metrobel, há mais de 20 anos, e de ter atuado em situações limite, como o acidente com uma carreta de bobinas que desceu a Avenida Nossa Senhora do Carmo desgovernada, em junho de 2012, e que matou três pessoas. “Em 30 minutos já tínhamos reboques e mais de 40 agentes controlando o trânsito na região. Foi uma operação dura, porque era véspera de feriado e muita gente queria viajar”, lembra.

Com a missão de proteger pessoas e o patrimônio, principalmente durante manifestações que se tornam violentas, a Polícia Militar destacará 8 mil homens especificamente para assuntos ligados à Copa do Mundo. O coronel Antônio de Carvalho é um dos encarregados de decidir em campo que locais o policiamento de choque vai reforçar, quais protestos os helicópteros acompanharão e que vias serão fechadas para evitar a entrada de veículos em zonas de conflito. No ano passado, sua atuação foi marcada pela insistente negociação. “A multiplicidade de demandas, a cobrança de transparência na política e a falta de uma liderança nos movimentos nos obrigaram a abrir muitas frentes de negociação para permitir que as manifestações ocorressem sem confrontos”, disse.

No meio dos protestos, Carvalho enfrentou situações críticas. “Cheguei a ficar cercado por manifestantes agressivos. Tive de ser retirado algumas vezes dessa situação por cidadãos pacíficos que viram que havia pessoas querendo nos agredir”, conta. O maior protesto reuniu 70 mil pessoas nas ruas. “Neste ano, as manifestações devem ser menores. As pessoas viram que a mudança do país se dará por outras formas de agir, como as eleições”, considera.

CERCO AOS AMBULANTES À frente de 100 fiscais de posturas, a gerente de fiscalização e licenciamento da Regional Pampulha, Raquel Guimarães, vai coordenar os esforços para que ambulantes e camelôs não obstruam as vias mais importantes da capital. “O nosso trabalho é maior do que apenas as normas de postura. Se impedimos as atividades ilegais, colaboramos com o trânsito, com a limpeza urbana e com o conforto das pessoas que moram e circulam por uma região”, conta.

A nutrição e o paladar das delegações que usarem os dois hotéis oficiais da Fifa em BH, o Ouro Minas e o Caesar Business, ficarão a cargo dos chefs que já estão recebendo os cardápios preparados pelas seleções. O chef de cozinha do Ouro Minas, Hélio José dos Santos Filho, já está preparado. “Recebemos várias solicitações diferentes. Quando participamos de festivais, por exemplo, com temas específicos, faço adaptações nos pratos. Se o tema é primavera, trabalho com técnicas para deixar os pratos mais coloridos, busco flores etc.”, afirma.

Ter morado em vários países e falar francês, espanhol, português, italiano e mandarim credenciariam a francesa Cécile Aillerie a trabalhar em qualquer grande evento mundial como a Copa do Mundo. Mas não foi o amor pelo futebol, e sim o fascínio pelo Brasil, que a fez vir à América do Sul para estudar. Cécile é uma das voluntárias que vai trabalhar auxiliando jornalistas na Fanfest do Expominas. “Minha função será ajudar que entendam como funcionam as coisas aqui, traduzir o que for preciso e auxiliar os estrangeiros a fazer bem seu trabalho aqui”, disse. Depois que se formar, ela pretende voltar e viver no Brasil. “Aqui tem mais oportunidades que na França”, disse.

Os outros convocados

Profissionais de áreas essenciais para o mundial de futebol já foram escalados

(foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press)
Trânsito

Denise Fontes
50 anos

Supervisora da Central de Operações da BHTrans

Natural de Belo Horizonte

Trabalha na BHTrans há 20 anos e integrou a extinta Metrobel

Vai monitorar e coordenar o tráfego durante o Mundial, despachando unidades de intervenção no trânsito, alterando tempos de semáforos e do transporte público.


(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Segurança


Coronel Antônio de Carvalho Pereira
52 anos

Comandante dos Batalhões de Polícia Especializada

Natural de Belo Horizonte

É militar há 29 anos e já foi comandante da Polícia Rodoviária Estadual e do Batalhão de Eventos

Comandará nas ruas as unidades que vão fazer a segurança do Mineirão e das vias que levam até o estádio. Fará o monitoramento e a negociação com manifestantes.


(foto: Beto Novaes/EM/DA Press)
(foto: Beto Novaes/EM/DA Press)
Posturas

Raquel Guimarães
38 anos

Gerente de Fiscalização e Licenciamento da Regional Pampulha

Natural de Belo Horizonte

É fiscal de posturas há 20 anos na PBH

Será responsável por coordenar as equipes que vão coibir camelôs, ambulantes ilegais e a ocupação irregular dos espaços no Mineirão e na Fanfest do Expominas



(foto: Beto Novaes/EM/DA Press)
(foto: Beto Novaes/EM/DA Press)
Comunicação

Cécile Aillerie
23 anos

Intérprete em cinco línguas

Natural de Lille (França)

Faz mestrado na UFMG e já morou na Itália, Costa Rica e Taiwan

Será responsável por traduzir textos para a organização da Copa do Mundo e vai auxiliar jornalistas estrangeiros na Fanfest do Expominas




(foto: Arquivo pessoal/Divulgação)
(foto: Arquivo pessoal/Divulgação)
Gastronomia


Hélio José dos Santos Filho
31 anos

Chef de cozinha do restaurante Quinto do Ouro (Hotel Ouro Minas)

Natural do Rio de Janeiro

Especialista em culinária francesa

Vai coordenar a preparação dos cardápios para delegações de atletas e autoridades deste que é um dos hotéis oficiais da Fifa

 


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