Integrantes do movimento Tarifa Zero BH fazem um protesto na noite desta segunda-feira na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Com faixas e cartazes, o grupo fechou a Avenida Nossa Senhora do Carmo, no Bairro Sion, por aproximadamente uma hora. Em seguida, foram para a Avenida do Contorno, Praça da Savassi, até chegar na Praça da Liberdade. Os manifestantes protestam contra o aumento da passagem, que passou a vigorar no último sábado. Grande congestionamento foi registrado na região.
O protesto teve início as 18h. Aproximadamente 200 manifestantes se concentraram na calçada em frente ao Chevrolet Hall. O grupo foi para a avenida e fechou o sentido Centro / Bairro Belvedere.
Por volta das 18h50, parte dos manifestantes foram para a pista interna da Avenida Nossa Senhora do Carmo, no sentido Bairro Belvedere / Centro, e também fecharam o trânsito. Por causa da interdição, um grande congestionamento se formou na via. Para tentar fugir do bloqueio, vários motoristas atravessaram o canteiro central e retornaram por outra faixa.
O grupo desceu a Avenida Cristóvão Colombo e se dirigiu para a Praça Diogo Vasconcelos, conhecida popularmente como Praça da Savassi. Os manifestantes chegaram no local às 19h37. Vários comerciantes, com medo, fecharam as portas. Motociclistas, para fugir da retenção, preferiram seguir o cortejo empurrando as motos.
Os manifestantes pararam no cruzamento entre as avenidas Cristóvão Colombo e Getúlio Vargas, onde novamente queimaram uma catraca, por volta das 19h55. Para tentar escapar do bloqueio, vários retornaram em cima do canteiro central da Getúlio Vargas.
A manifestação foi marcada por meio das redes sociais. O grupo está insatisfeito com o aumento das passagens de ônibus, de 7,5%, valendo desde sábado. Na semana passada, a Justiça negou a ação civil pública do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e voltou a autorizar o reajuste.
Nesta segunda-feira, o MP entrou com um recurso para tentar mudar a decisão. O órgão afirma que os fundamentos utilizados pelo juiz para negar a medida liminar “tiveram caráter meritório, ou seja, foi apreciada a matéria jurídica como se estivesse sentenciando a lide, quando, na verdade, tratava-se de julgamento preliminar de caráter cautelar”. O órgão volta a dizer que a ERNST & YOUNG não teve acesso à contabilidade das concessionárias para fazer a verificação de custo.
O MP afirma ainda que “a ausência de contabilidade e do acesso ao fluxo de caixa constituiu, em verdade, em claro descumprimento da legislação e do contrato de concessão".