Manifestantes voltaram a fechar ruas de Belo Horizonte nesta terça-feira e causaram lentidão no trânsito. Servidores da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) fazem novo protesto como parte da mobilização de funcionários públicos do município. Lojistas fecham a Avenida Silviano Brandão contra a mudança de trânsito na via que, segundo os comerciantes, está prejudicando os negócios.
O serviço de coleta de lixo na capital chegou a ser interrompido por dois dias na semana passada, depois que os funcionários das empresas que fazem a coleta de lixo e a limpeza urbana também paralisaram os trabalhos.
A situação dos terceirizados foi resolvida após negociação na Delegacia Regional do Trabalho (DRT), quando as empresas concederam reajuste de 18% para os grevistas. No caso dos funcionários efetivos da SLU, eles reivindicam reajuste de 15% e aumento do vale-refeição para R$ 28. A PBH, por sua vez, oferece reajuste de 5,56% e R$ 1 a mais no vale-refeição.
Sobre o protesto dos lojistas a motivação é a mão inglesa instalada no dia 9 de janeiro deste ano. Segundo a BHTrans, a mudança daria mais fluidez ao trânsito para passagem de ônibus do BRT Move. Os congestionamentos na área são constantes. Com as alterações, os veículos que seguem na Silviano Brandão em direção a Avenida Cristiano Machado com intenção de ir até o Centro de BH pelo Túnel da Lagoinha, terão de trocar de pista próximo a Rua Capuraque. O canteiro central da via foi aberto para proporcionar a mudança. Para acessar a Rua Augito o trajeto é o mesmo. Quem sai da Cristiano Machado para acessar a Silviano Brandão, fazendo a conversão à esquerda, deve usar o contra-fluxo.
Estudantes
Mais cedo, cerca de 100 estudantes do Colégio Tiradentes fizeram um protesto. Segundo a Polícia Militar (PM), os alunos ocuparam a pista da Avenida Amazonas no Bairro Gameleira, Região Oeste da capital,o que complicou o trânsito na região. Já no sentido Contagem a circulação de veículos estava normal. A polícia informou ainda que o ato dos estudantes aconteceu em resposta a demissões de professores que teria acontecido no colégio.
Mais manifestações
De acordo com os Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), os analistas de políticas públicas da PBH também fazem protestos nesta manhã. Eles saíram da Rua dos Tupis, no Centro, em direção à sede da Secretaria Municipal de Políticas Sociais na Rua Espírito Santo, também no Centro.
Os servidores pedem reajuste salarial como dos funcionários da SLU. A PBH tem proposta de 5,56% de reajuste nos salários a partir de outubro e aumento de R$ 1 no vale-alimentação, o que é considerado insuficiente pelos servidores. Os profissionais farão assembleia amanhã para definir rumos dos protestos.