O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel) divulgou nesta terça-feira um comunicado assinado pela interina da Gerência de Atenção a Saúde da Regional Centro Sul (Gerasa-CS), Rita de Cássia Meira, que orienta os servidores da saúde a improvisar e usar "a criatividade” no caso de falta de materiais.

A mensagem seria uma resposta da Gerasa-CS aos centros de saúde da regional Centro-Sul que reclamavam da falta de “descarpack” para a campanha de vacinação contra a gripe. Segundo o sindicato, o produto é utilizado para descarte de materiais hospitalares perfurocortantes, como agulhas, seringas e ampolas. É também considerado essencial para prevenir a contaminação, tanto dos trabalhadores quanto dos pacientes.

Na mensagem, assinada pela gerente interina da Gerasa-CS, consta que a compra dos “descarpack” foi provisoriamente suspensa. Ela afirma que não há previsão para chegada do produto e que, durante esse período, é preciso usar a criatividade, colocando os materiais em “caixas box, caixas dura e galões”.

Ainda de acordo com o sindicato, a empresa responsável pelo fornecimento do produto para a Prefeitura de Belo Horizonte alegou falta de pagamento.

Negativa

A última informação foi negada em nota pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), que explicou que a empresa vencedora da licitação foi desclassificada por irregularidade na documentação fiscal e incapacidade de atender a demanda. Assim, a segunda colocada foi convocada e a ordem de fornecimento de 15 mil unidades do "descarpack" emitida. A previsão, segundo a SMSA, é que a entrega seja realizada até o dia 28 deste mês, mas segundo o órgão já há negociação para que a empresa antecipe a entrega.

Em relação à "improvisação", a SMSA confirmou que estão sendo usadas caixas com paredes similares às do "descarpack" e que os materiais perfurocortantes são acondicionados separados de outros materiais, de forma a evitar a contaminação.

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