Os criminosos que mataram o soldado da Polícia Militar André Luiz Lucas Neves, de 27 anos, quando ele tentava impedir um assalto na Pampulha, possuem, juntos, 30 passagens pela polícia.
O deputado fez o levantamento dos boletins de ocorrência depois que foi alertado por PMs de que os três homens já eram conhecidos por vários crimes. “Eu constatei que eles tinham, juntos, mais de 30 passagens pela polícia. Todas as ocorrências foram registradas no 13º, 49ª e 34º Batalhão. Eles já haviam sido presos por roubo a mão armada, uso de documentos falsos e furto. E mesmo assim continuaram soltos”, afirma Rodrigues.
Esse foi um dos pontos questionados por milhares de policiais militares que compareceram no enterro de André Neves e depois fizeram um protesto na Praça da Liberdade. “Os militares querem mudanças na legislação penal que está frouxa e no estatuto da criança e do adolescente. Também questionam a atuação do Poder Judiciário”, diz o deputado.
Nesta terça-feira, foi aprovado um requerimento pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para a realização de uma audiência pública para discutir os pontos questionados pelos militares. “Queremos receber e ouvir os policiais. Vamos convidar as entidades de classe, algumas autoridades, como o chefe da Polícia Civil, o comandante da PM, e presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais”, comenta Rodrigues.
O PM assassinado, que era lotado no 49º Batalhão, na Região de Venda Nova, foi ferido na noite de sexta-feira depois de trocar tiros com criminosos que tentaram assaltar um casal na Avenida Fleming, uma das mais movimentadas do Bairro Ouro Preto. Ele levou um tiro na barriga e chegou a ser levado para o Hospital Odilon Behrens, mas não resistiu. O principal suspeito do crime, Wilson Guimarães Filho, que já foi preso cinco vezes, ainda não foi econtrado. Um dos assaltantes foi morto durante a troca de tiros e outro envolvido está preso.