Integrantes do movimento Tarifa Zero BH fazem um novo protesto na noite desta terça-feira na capital mineira. O grupo novamente escolheu a Região Centro-Sul de Belo Horizonte para manifestarem contra o reajuste da passagem de ônibus. Com faixas e cartazes, o grupo fechou a Avenida Prudente de Morais, no Bairro Cidade Jardim e depois saiu em passeata por ruas e avenidas da região. O trânsito ficou bastante congestionado. Uma motorista chegou a ter o carro chutado por manifestantes ao tentar furar o bloqueio. Um boletim de ocorrência foi feito por ambas as partes. Ninguém foi preso. Durante o protesto, os jovens foram até a porta da casa do presidente da BHTrans, Ramon Victor César.
A concentração dos manifestantes aconteceu no cruzamento entre a avenida e a Contorno. Aproximadamente 50 pessoas fecharam a Prudente de Morais por volta das 18h06 no sentido Bairro / Centro. Vários motoristas revoltados fizeram um buzinaço. Alguns motociclistas passaram sobre o meio fio para desviar do bloqueio.
A Polícia Militar acompanha o grupo, que está com duas grandes faixas e deve queimar uma catraca, como normalmente fazem nos protestos. O trânsito na região do Bairro Cidade Jardim está lento.
Por volta das 18h17, o grupo se deslocou para a Avenida do Contorno e fechou os dois sentidos da via. Os motoristas que seguiam no sentido Gutierrez/ Savassi conseguiram desviar para a Rua Bernardo Mascarenhas. No outro lado, os condutores não tiveram como sair do bloqueio. O congestionamento já é grande na região.
18h48 – Motoristas que estavam na Rua Curitiba ficaram irritados com o bloqueio. Alguns condutores chegaram a bater boca com alguns manifestantes, mas não houve agressão. Carros voltaram na contramão, com a autorização da Polícia Militar. No bloqueio, alguns jovens jogam vôlei com uma grande bola.
18h50 – O grupo liberou a Rua Curitiba e seguiu pela a Avenida do Contorno em direção a Avenida Olegário Maciel.
18h55 – Os manifestantes pararam no cruzamento entre as avenidas do Contorno e Olegário Maciel e queimaram uma catraca. Os motoristas que seguiam pela Rua Conde de Linhares e pela Olegário Maciel fizeram o retorno pela contramão para fugir do bloqueio. O Batalhão de Choque da PM chegou na avenida, mas acompanha o protesto de longe.
19h05 – O clima ficou tenso durante a manifestação quando uma professora tentou furar o bloqueio feito pelos manifestantes. “Eu sai do colégio Tiradentes, sou professora, meu pai está sozinho em casa e tem problema de saúde. Não vou esperar um monte de gente manifestar. Isso não é cidadania, manifeste de forma ordeira”, disse Regina da Costa, de 49 anos.
A mulher tentou passar pelo passeio e foi contida por alguns manifestantes. O carro dela foi cercado e chegou a ser chutado por algumas pessoas. A PM agiu rapidamente e conseguiu conter os ânimos. Alguns manifestantes afirmam que foram atropelados pela motorista e pedem uma atitude dos militares. Um boletim de ocorrência será confeccionado por ambas as partes.
O advogado Nestor de Miranda, que participava do protesto chegou a se desentender com um policial militar. O defensor alega que o PM estava tampando a identificação. Depois de um tempo, os dois resolveram a situação e o ato seguiu normalmente.
19h25 – O grupo deixou a Avenida do Contorno e seguiu pela Avenida Olegário Maciel em direção ao Centro de Belo Horizonte. No trajeto, os manifestantes fecharam a Rua Rodrigues Caldas. O trânsito na Álvares Cabral ficou congestionado.
19h40 – Manifestantes seguem pela Rua Antônio Aleixo em direção a Praça da Liberdade.
20h – O grupo seguiu para a Rua São Paulo, no Bairro Lourdes, e depois foram até a Rua Bárbara Heliodora onde pararam em frente a casa do presidente da BHTrans, Ramon Victor César. Os manifestantes gritaram palavras de ordem e pediram a presença de Ramon, que não apareceu. A catraca foi novamente queimada e uma fogueira foi feita na rua. O trânsito foi fechado na via. Alguns jovens chegaram a tocar o interfone do prédio.
20h37 - Os manifestantes se desmobilizaram e deram fim ao protesto
20h43- O Corpo de Bombeiros foi acionado e apagou a fogueira que ainda persistia na via. Os manifestantes picharam o vidro do prédio do presidente da BHTrans.